Cirurgião pediátrico Márcio Abelha Martins explica como o período pode ser ideal para os procedimentos
O cirurgião pediátrica Márcio Abelha Martins é o convidado desta edição do Arauto Saúde para falar sobre esse assunto tão importante para os pais.
O cirurgião lembrou que as férias podem ser um bom momento para realizar cirurgias eletivas. “Em relação às cirurgias programadas, principalmente as eletivas, como a cirurgia de fimose, de hérnias e outras consideradas de médio ou pequeno porte, que a criança pode ser operada e ir para a casa no mesmo dia, devem ser programadas com o cirurgião. As férias podem ser uma vantagem porque as cirurgias eletivas precisam ser feitas com a criança hígida, ou seja, ela não pode estar resfriada, gripada, com uma alergia ou usando antibiótico porque isso aumenta o risco anestésico desnecessariamente. Então, o que eu alerto aos pais é: as férias podem ser um bom momento pra fazer a cirurgia, porém é preciso lembrar que após a cirurgia a criança precisa de cuidados em casa”, orienta.
No caso de um acidente, uma cirurgia de emergência acaba sendo uma eventualidade, diz Márcio. Todos são pegos de surpresa e o médico faz o melhor para que o caso da criança seja bem resolvido. Nos cuidados pós-operatórios, muitas vezes, quando a criança ainda está internada, otimiza-se ao máximo uma equipe multidisciplinar, não somente o cirurgião pediátrico, mas a enfermagem e outras áreas como fonoaudiólogo, fisioterapia, para que se passe o máximo de informação possível, garantindo que os pais se sintam seguros. “Ideal é só dar alta para o paciente quando os pais e os cuidadores estiverem sentindo segurança de cuidar em casa”, avalia.
Segundo o médico é muito comum os pais sentirem medo da cirurgia. Na atualidade, felizmente, pode se ter grande segurança de que a palavra anestesia geral não representa mais aquele medo cultural que era antes. Hoje, a anestesia é personalizada de acordo com a idade, peso, tipo de procedimento e caráter da cirurgia, se é eletiva ou de urgência. “Lembrando que a criança não é um pequeno adulto, ela tem suas particularidades. Por isso, a anestesia vai depender do anestesista. Nós precisamos dar a dose certa para o problema certo”, justifica.