Foram 33 anos pelo feminicídio e 12 anos pelo estupro.
Foi condenado, nesta sexta-feira (18), a 45 anos de prisão, Jair Menezes da Rosa, acusado de ser o responsável pela morte de Francine Rocha Ribeiro. Ela foi encontrada sem vida, em 12 de agosto de 2018, em uma área de mata do Lago Dourado, em Santa Cruz. Foram 33 anos pelo feminicídio e 12 anos pelo estupro.
O júri foi realizado no fórum de Santa Cruz do Sul e durou cerca de nove horas. Foram ouvidas três testemunhas. Além do depoimento da irmã gêmea de Francine, Franciele Rocha Ribeiro, dois agentes com atuação nas investigações falaram – a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, que na época era titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, e o delegado regional Luciano Menezes.
O advogado assistente de acusação, Roberto Alves de Oliveira, salienta o sentimento de que a justiça foi feita. "A gente representando o Ministério Público fica feliz e satisfeito com essa decisão dos jurados da nossa cidade. A decisão da sociedade atendeu aos nossos pedidos e ficou demonstrado que aquele entendimento que nos tínhamos todas as provas colhidas pela Polícia Civil, de fato, comprovam e isso foi aceito pela sociedade como prova e foi condenado o Jair pelos crimes de homicídio, com as cinco qualificadoras, e pelo crime de estupro. Era essa a nossa expectativa e felizmente mais uma vez a gente pode dizer que os jurados de Santa Cruz do Sul fizeram justiça", frisou.
Já o advogado responsável pela defesa, Mateus Porto, adiantou que vai entrar com recurso. "Acho que o resultado de certa forma se baseou muito no lado sentimental da causa. A ideia, como defensor, é na segunda-feira ingressar com recurso cabível. Com certeza eu vou dar uma analisada melhor, mas dois pontos serão objetos de recurso, que é decisão ao ver da defesa pelo menos manifestamente contrária a prova dos autos. E também a dosimetria da pena, eu achei de certa forma elevada com base nas circunstâncias que foram discutidas no processo", disse.
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