Atual proprietária, Silvia Schneider relembrou o início da história construída em conjunto com o marido e músico Paulinho
Espalhar alegria e tocar o coração das pessoas através da música. É assim que a Banda Santa Cruz carrega, por todos os cantos do país, a essência e a cultura do povo germânico. E no ritmo das bandinhas, celebra três décadas de uma trajetória de sucesso, marcada por importantes momentos marcantes para cada um dos integrantes que passaram pelo grupo e, principalmente, por pessoas que deixaram, além da marca, uma saudade.
Tudo começou com a Bandinha Santa Cruz – como era conhecida – um grupo de quatro amigos que tocavam quermesses, sem muitos equipamentos e estrutura. O sucesso foi tanto que, no ano de 1998, o então proprietário Guido Soder decidiu vender a banda para o músico Paulinho Schneider que, junto com a esposa Silvia, foi o responsável pela nova fase do grupo. Até porque, muito mais que um novo desafio, comandar a Banda Santa Cruz era parte de um sonho para Paulinho.
Com uma estrutura mais ampla e um maior número de integrantes, a banda seguiu com shows e, inclusive, apostou em ritmos diferentes. Um desses exemplos é o forró, em alta na época. Mantendo a característica do sopro no ritmo, a música 'Na Gandaia' foi um dos hits do momento e proporcionou a participação da Banda Santa Cruz no quadro Garagem do Faustão no ano de 2003. "Foram muitas viagens pelo Brasil todo e eu me lembro com carinho de cada um que passou pela banda", relembra Silvia.
Outro momento marcante, mas dessa vez triste, foi a partida de Paulinho após um acidente doméstico em fevereiro de 2020. Aos 52 anos, o músico era um dos principais pilares do grupo. "Ele foi tudo para a banda. Era um paizão, dava oportunidades para os músicos novos. A Banda Santa Cruz marcou mesmo com a presença dele. E eu prometi, quando ele estava na UTI, que o sonho dele ia continuar", destaca Silvia, que agora é sócia-proprietária juntamente com Michael, fillho do casal.
Hoje, a formação da Super Banda Santa Cruz conta com Marcelo Dirlon Mueller e Eduardo Rafa Silveira no trompete, Jeferson Silveira na guitarra, Jacson Rodrigo Elesbão no vocal, Anderson Hoesel na bateria, Eduardo Junior Bencke no teclado e gaita, Maikon Weslei de Morais Silveira no trombone, Alex Gustavo Frantz no baixo, Gabriel Lisboa no baixo tuba. E para os próximos dias, o grupo prepara o lançamento de uma música nova, no estilo do bailão, para a alegria dos fãs. "Tudo o que a gente viveu, cresceu e se está no mercado ainda, devemos aos fãs. São o motivo pelo qual nos completamos 30 anos de história", completa Silvia.