Vacinação impactou na redução das internações e diminuição dos óbitos de forma progressiva
As máscaras tornaram-se um item indispensável para evitar o contágio pelo Covid-19. Passados mais de dois anos do surgimento da pandemia, a doença, a partir da vacinação massiva e da adoção de medidas de prevenção, começa a dar sinais de recrudescimento.
Entretanto, o vírus continua circulando por aí. A manutenção de alguns cuidados ainda é necessária para impedir o contágio, principalmente em áreas onde há maior probabilidade de presença do agente infeccioso. Por isso, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul segue exigindo a utilização de máscaras em suas unidades de saúde. A supervisora de Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde, médica Clauceane Venzke Zell, explica que as máscaras funcionam como barreiras que impedem que gotículas de salivas expelidas através da tosse e espirros se propaguem no ar e fiquem em suspensão, levando o vírus a outro hospedeiro. Por isso, elas são eficazes para diminuir o risco de contágio não só do Covid-19, mas também de várias outras doenças graves, como viroses e doenças bacterianas tais como sarampo, rubéola, tuberculose e caxumba, entre outras.
Devido às precauções relacionadas ao Covid-19, decreto estadual ainda recomenda intensamente o uso do acessório em hospitais, serviços de saúde e farmácias, dada a maior circulação de pessoas doentes em espaços mais restritos, medida onde se incluem as unidades municipais de saúde. Clauceane Zell destaca que os serviços de saúde recebem diferentes grupos de pessoas, alguns mais vulneráveis e com maior risco de contraírem infecções – gestantes para o pré-natal, crianças para vacinação, idosos em busca de medicamentos, entre outros. Como nem todos se vacinaram contra o Covid-19 e a Influenza, são mais suscetíveis para adquirir e transmitir essas doenças. Além disso, está começando o período sazonal onde doenças respiratórias estão em evidência. “Com o uso de máscara obrigatório nesses dois anos de Covid, nosso organismo se habituou a ela e isso conferiu uma certa proteção”, explica.
Usuária dos serviços de saúde municipais, a aposentada Bernardete Nunes da Silva, 62 anos, aguardava por atendimento na Estratégia Saúde da Família (ESF) Faxinal no dia 30/06. Ela defendeu o uso da máscara nas unidades de saúde. "Me cuido muito, estou quase sempre com máscara, principalmente aqui no posto, que é um lugar com muita gente gripada. E como tive Covid e sofri muito, não quero pegar isso de novo", explicou.
Vacinação
Para além do uso da máscara, Clauceane Zell avalia que a imunização vem cumprindo um papel fundamental na diminuição da letalidade do Covid-19. Informações do decreto estadual 56.474 de 28/04/2022 indicaram que, no Estado, o risco de óbito entre pessoas não vacinadas em comparação com aquelas com esquema primário e reforço foi 21 vezes maior para a faixa etária com 60 anos ou mais, 13 vezes maior para a faixa de 40 a 59 anos e 7 vezes maior para faixa etária dos 30 a 39 anos.
Conforme a médica, a vacinação impactou na redução das internações e diminuição dos óbitos de forma progressiva, de acordo com a faixa etária em que ia acontecendo. “Principalmente nos idosos, observamos essa redução, sendo que as internações começaram aumentar na faixa etária dos 40 aos 60 anos quando ainda não estavam sendo vacinados”, analisa.
Clauceane Zell frisa que a vacinação é essencial para a redução na transmissão da doença e do número de casos. “Estar imunizado, de acordo com o preconizado, é fundamental para a redução da mortalidade e ou agravo dos casos, pois o principal objetivo da vacinação é proporcionar o desenvolvimento de proteção prévia ao contágio”, explica. Ela salienta que, por esta razão, a campanha de vacinação contra o Covid-19 segue em andamento, com suas indicações atualizadas frequentemente para o melhor enfrentamento à pandemia.
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