Cenário em relação à pandemia modificou nos últimos tempos, conforme Sandra Knudsen
A pandemia ainda não acabou e os cuidados necessários para evitar a propagação do coronavírus continuam sendo recomendados pelos profissionais da saúde. Na região, o atual cenário da pandemia tem sofrido mudanças, principalmente no que se refere ao perfil das pessoas que estão internadas em função da Covid-19.
A médica infectologista Sandra Knudsen destaca que apesar de já haver uma queda significativa de casos graves e de pessoas internadas, sempre é necessário ficar de olho em relação à doença: "É importante dizer que não é mais preocupante, mas temerário. Temos que ficar de olho, porque o vírus já mostrou que sofre mutações facilmente e nós temos que continuar alertas, nos protegendo e, principalmente, incentivando a vacinação correta de todos", diz.
Sobre os pacientes
Mesmo que se tenha visto uma queda no número de casos nos últimos dias em relação ao início de janeiro, a profissional reforça que ainda é preciso cuidar, porque os casos podem sofrer um aumento em função da facilidade de mutação do vírus. Quanto aos hospitais, destaca que é possível perceber uma mudança no perfil de internações, porque não há mais o número elevado de pacientes com sintomas graves. "Claro que ainda aparecem alguns casos, principalmente entre pessoas não vacinadas com as doses corretas da vacina. As internações têm sido mais de pessoas idosas, com comorbidades, que pegam Covid-19 e têm muita fraqueza e cansaço. O perfil mudou bastante", conta.
Sandra explica que tanto pessoas vacinadas quanto não vacinadas são contaminadas. No entanto, jovens sem comorbidades e pessoas saudáveis que estão vacinadas dificilmente internam: "Nós não vemos mais esse tipo de internação. Meses atrás nós víamos muito isso. Mesmo pessoas jovens, sem comorbidades, estavam internadas com quadros graves de coronavírus, necessitando de UTI e indo a óbito".
UTIs
No que se refere às UTIs, a profissional frisa que o número de leitos ocupados por pacientes com coronavírus é muito menor em comparação a um ano atrás: "Mas como eu digo, isso pode acontecer ainda. É importante alertar as pessoas que alguns casos vão acontecer com um desfecho mais grave, mesmo em pessoas vacinadas, mas são pessoas mais vulneráveis e debilitadas. As pessoas que são contra vacinas pegam esses exemplos e generalizam. A vacina é fundamental na mudança do cenário da doença, mas não significa que não se vá mais ter óbitos por Covid-19". Segundo ela, é essencial que mais pessoas se vacinem, façam as doses de reforço e mantenham o esquema vacinal contra a Covid-19 atualizado.
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