Especialista alerta sobre cuidados nesse período para evitar que problemas de saúde se agravem
A transmissão em massa do novo coronavírus fez com que grande parte da população se preocupasse apenas com a Covid-19. Com a popularidade da doença, muitos deixaram de realizar os exames periódicos, em razão de estarem apenas preocupados com o problema respiratório. O cardiologista James Fracasso é o convidado dessa semana do Arauto Saúde e detalha a importância de se manter em dia os exames periódicos.
Segundo Fracasso, atualmente as doenças que mais matam no mundo são o infarto e o AVC. Dessa forma, a fim de que se possa antecipar a doença e o tratamento precoce, é necessário que todos continuem realizando seus exames, mesmo durante a pandemia. “Na minha área de atuação, tenho detectado que muitos pacientes estão fazendo tardiamente os exames para essas doenças, alguns até já tiveram infarto e ficaram em casa com medo de ir ao hospital por se sentirem expostos à Covid-19”, ressalta o médico.
Conforme o cardiologista, é necessário atentar para a síndrome pós-Covid, que não atinge todas as pessoas, mas que deve ser observada com atenção. “Têm pessoas que ficam com falta de ar persistente, então a gente tem que identificar onde está o problema. Algumas pessoas sentem dores nas pernas e falta de força nas pernas. Existem exames adequados e uma avaliação médica para cada caso, então é importante que as pessoas tenham essa consciência e procurem seu médico ou profissional habilitado para identificar o que é, pois pode até ser uma somatização (alteração no estado emocional que pode promover o aparecimento de doenças)”, destaca Fracasso.
O especialista ainda afirma que a questão mental tem sido muito afetada durante a pandemia, fazendo com que as pessoas tenham que lidar com muitos problemas. “A ansiedade está permeando toda a sociedade, desde os familiares das pessoas acometidas pela Covid-19 até as próprias que estão infectadas. Além disso, tem-se também outras questões, como a mudança para o trabalho em casa e as crianças estudando remotamente, isso gera uma angústia muito grande que pode interferir diretamente na saúde das pessoas no ponto de vista mental, causando depressão e outras síndromes que devem ser detectadas precocemente, para aliviar o sofrimento das pessoas”, finaliza o especialista.