Coordenador da Vigilância Sanitária de Santa Cruz do Sul salienta a necessidade dos cuidados para minimizar os números da doença
Além do combate à pandemia do novo coronavírus, nas últimas semanas municípios da região vêm organizando estratégias para evitar o avanço da dengue, após surgimento de casos confirmados e o registro da primeira morte pela doença em Santa Cruz do Sul. Para reforçar a importância dos cuidados, o coordenador da Vigilância Sanitária na terra da Oktoberfest, enfermeiro Tainã Bartel, é o convidado do Arauto Saúde desta semana.
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e que está cada vez mais presente no dia a dia. No município e no Vale do Rio Pardo vem apresentando aumento gradativo de casos, explica o profissional. “A dengue se manifesta através de sintomas básicos, como dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações e febre. Alguns pacientes apresentam, ainda, manchas pelo corpo, que a gente chama de exantema. Essas manchas não aparecem em todos os pacientes, não é uma regra na manifestação da doença”, esclarece, ao citar que a dengue não escolhe idade, basta o indivíduo ter contato com o mosquito contaminado para se infectar.
Conforme Bartel, a prevenção representa 80% da resolução do problema. “Diferentemente da Covid-19, na qual não enxergamos o vírus causador, na dengue é possível saber onde se manifesta e onde o mosquito vai pôr os ovos, então, se a gente conseguir eliminar em casa os possíveis criadouros e tudo o que pode vir a acumular água, vamos combater a doença no município”, alerta.
O enfermeiro explica que o mosquito costuma aparecer principalmente no início da manhã e no final da tarde, horários em que a temperatura está mais amena. Além disso, trata-se de um mosquito urbano, dessa forma, frisa que é nesse perímetro que está concentrada a maioria dos casos em Santa Cruz do Sul. “Temos alguns casos no interior, mas esses estão relacionados com pessoas que trabalham na cidade. Provavelmente a contaminação não foi no domicílio e, sim, no local de trabalho”, complementa. No município, hoje o maior número dos casos de dengue é registrado no centro.
No combate à proliferação do Aedes Aegypti, Bartel revela que os agentes comunitários de saúde realizam visitas em seus territórios de atuação e os agentes de endemias concentram suas atividades nas áreas com maior número de casos.