Assim como toda obra, trajetória da empresa iniciou pequena, mas tornou-se sólida e inspiradora
Nos primeiros anos de história da Construmac em Santa Cruz do Sul, o proprietário Roni Roberto Schuh enfrentou dois destelhamentos do depósito e um incêndio que queimou todo o estoque da loja. Aquelas chamas, que pareciam indicar o fim de um sonho, tornaram-se motivação para recomeçar e – inclusive – ir além. O empresário ainda lembra, como se fosse hoje, das palavras de Lourdes Pinto Bandeira, vizinha do empreendimento. "Ela assistiu comigo as chamas levando o depósito, pegou no meu braço e disse: guri, está vendo aquela chama? Tua empresa vai crescer que nem ela", disse a grande amiga.
E como na simbologia da fênix, que renasce das próprias cinzas, a Construmac não apenas sobreviveu, como também viveu os próximos anos em um ritmo de investimentos, conquistas e visibilidade. De três pessoas em uma loja de 30 metros quadrados, a história da empresa se transformou em 11 colaboradores em um imponente prédio que passou por diversas ampliações. Uma grandiosa conquista que muito orgulha Roni Schuh, que do sonho de ser jogador de futebol resolveu investir no ramo que hoje igualmente o faz feliz.
Natural de Santa Cruz do Sul, Schuh cresceu em Linha João Alves, onde a brincadeira de jogar futebol começou a se desenhar como um futuro próspero. Aos 18 anos, enquanto trabalhava na Benoit, treinava no Esporte Clube Avenida. E foi lá, no campo do Estádio dos Eucaliptos, que Roni Schuh tornou-se jogador profissional do Periquito. Uma trajetória bonita com a camisa 10 do Avenida, que ele gosta muito de relembrar.
Porém, com a rotina de treinos durante a noite – numa época que o time tentava o retorno para a segunda divisão – Schuh precisou abandonar o sonho de atleta para conseguir manter o emprego. Em 1991, quando saiu da loja, comprou um táxi – o que já era tradição em sua família – e assumiu um importante ponto no entroncamento do Quiosque com a Rua Júlio de Castilhos. Foram poucos meses na direção do negócio e uma nova oportunidade surgiu. "Vi que tinha vaga de emprego na Darbe, uma loja de materiais de construção de Santa Maria que havia aberto filial aqui. Fui vendedor externo, mesmo sem conhecer nada de materiais. Coloquei dois motoristas no táxi e fui trabalhar", conta.
Quando a Darbe fechou, passou a trabalhar na Mademac, onde se especializou mais um pouco naquela área. Após três anos de mais trabalho, decidiu trilhar um caminho como empreendedor, com a elaboração da Construmac ao lado do então sócio Jair Herberts. Hoje em dia, administra o espaço sozinho, mas sempre relembrando a importância de cada pessoa que passou pela sua vida profissional. "A Construmac representa a minha existência, a continuidade da vida", destaca.
Fora do trabalho, Roni Schuh é o vice-presidente de eventos da Assemp, o diretor de produtos da CDL, o diretor da Acomac e diretor da Anamaco, entidade das Acomacs do Brasil. Com a família, ao lado da esposa Rose e do filho Lucas, é um apaixonado pelos momentos de descontração, pela pescaria, pelo churrasco e, é claro, pelo futebol, esporte que é parte de sua vida e que jamais deixará de ser.