Alternativa para manter contato frequente entre médico e paciente pode ser o uso da tecnologia
A pandemia do novo coronavírus, entre outras consequências, levou parte da população a diminuir a frequência com que procura atendimento médico para outras comorbidades, já diagnosticadas antes mesmo da Covid-19. Contudo, o médico cardiologista Carlos Rech alerta no Arauto Saúde desta semana para a importância de ser mantido o acompanhamento junto a essa e outras especialidades, de modo que sejam preservados a saúde e o bem-estar dos pacientes.
Segundo ele, este fator foi observado com mais força no início da pandemia. “Num primeiro momento houve retração de comparecimento a consultas e de procura pelo médico. Com o tempo, quando se passou a conhecer mais sobre como o coronavírus agia, algumas pessoas retornaram às consultas de rotina. E acontecia em onda: no período em que se acalmavam as notícias sobre a Covid-19, aumentava a procura nos consultórios, e quando se falava muito em hospitalizações e aumento de casos da doença, elas se retraíam”, revela.
O profissional explica que a falta de acompanhamento é preocupante pois causa prejuízos no tratamento de pacientes, como aqueles com antecedentes cardiológicos, com problemas como isquemia ou de circulação, e os hipertensos, além de dificultar nos casos em que há necessidade de investigação e orientação.
Segundo Rech, uma alternativa, em alguns casos, pode ser o acompanhamento do paciente à distância. Ele explica que para pessoas com pressão alta e hipertensão há aparelhos bons e de fácil manuseio com os quais elas podem controlar a pressão em casa, bem como outros aparelhos que medem a glicose. “Dessa forma, esses pacientes podem manter um controle sobre a doença que portam e relatar para o médico o que está acontecendo. Em um exemplo prático, podemos pensar em uma pessoa que tem um aparelho de medir pressão e faz medições domiciliares. Em determinado momento, se ela perceber que a pressão não está bem controlada, vai ter de entrar em contato com o médico, podendo-se ajustar a medicação e ver quais fatores estão influenciando esta condição”, explica.
Ele afirma, ainda, que nem sempre o paciente precisa se deslocar ao consultório para manter o acompanhamento, podendo, segundo Rech, contar com o aporte das tecnologias para manter contato com o médico.