Após passar com o veículo que dirigia por cima de jovem vera-cruzense, motorista fugiu sem prestar socorro
A vera-cruzense Leiliane Ionara Hirsch jamais vai esquecer o dia 4 de março de 2021. Na data, em meio à chuva forte, ela trafegava de moto pela rua João Fischborn quando, após passar por um quebra-mola, se desequilibrou e caiu. Segundos após a queda, o veículo que seguia logo atrás cruzou por cima da jovem – atingindo as pernas e seu ombro esquerdo – e o motorista fugiu sem prestar socorro.
Leiliane, de 23 anos, conta que se recorda de frear a moto e a roda de trás travar, além de o paralelepípedo estar molhado, o que teria ocasionado a queda. “No momento em que caí, senti o carro em cima de mim, as rodas bem próximas da minha cabeça. Aliás, ele poderia ter passado por cima dela, porque ele acabou atingindo meu ombro. Achei que ia morrer. Foi muito rápido, não deu tempo de entender o que estava acontecendo”, relembra. “Assim que aquele peso do carro passou, olhei para o lado e vi que ele estava indo embora, sem nem mesmo saber se eu estava viva ou morta”, acrescenta.
Após o condutor do veículo deixar o local, a jovem foi socorrida, inicialmente por populares que ouviram seus gritos em meio a chuva forte. “Achava que estava toda quebrada. Lembro que quando entrei na ambulância só consegui agradecer a Deus por não ter sido pior, porque ele poderia ter passado na minha barriga, atingindo as costelas e quem sabe eu ter perfurado o pulmão”, relata. Leiliane revela que o lado esquerdo do seu corpo foi o mais atingido pelo impacto, que também deixou hematomas nas suas pernas. Além disso, foi atingida no ombro. “Dá pra entender a proximidade das rodas com a minha cabeça pelas marcas do para-choque do carro no capacete. Até hoje não consigo mexer meu ombro, além de ter dificuldades para caminhar, pelos machucados no pé”, complementa.
INVESTIGAÇÃO
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Vera Cruz. Segundo o delegado Paulo César Schirmann, através de imagens das câmeras de estabelecimentos próximos ao local do atropelamento, além do cruzamento de dados de veículos da região com características semelhantes às identificadas nas imagens, o carro do motorista foi identificado. Posteriormente, com o auxílio da Brigada Militar, o condutor, um jovem de 21 anos, também teve a identidade revelada. “O indivíduo prestou depoimento no fim da semana passada na Delegacia. Ao chegar lá, inclusive, ele não fazia ideia do porque estava ali, pois segundo ele acreditava que não aconteceria nada com ele. Esse jovem relatou, até mesmo, que após fugir do local do acidente e negar o socorro à vítima, teria chegado em casa e relatado o ocorrido aos familiares, que orientaram que nada poderia lhe ocorrer”, afirma o delegado.
Schirmann revela, ainda, que o jovem irá responder por lesão corporal culposa e fuga do local do acidente e que o inquérito deve ser concluído nos próximos dias.
SEGUINDO EM FRENTE
Além dos ferimentos, Leiliane segue lidando com os traumas psicológicos ocasionados pelo atropelamento. Ela conta que durante noites teve dificuldades para dormir, pois ao deitar na cama só conseguia lembrar da imagem do carro em cima do seu corpo. “Foi uma reação muito fria por parte do motorista. E perceber que ele não estava nem aí se eu estava bem ou não, me deixando ali no meio da chuva, com a possibilidade de outros carros passarem por ali, me causa um sentimento de indignação”, afirma a jovem, que apesar de todo o susto, é muito grata por estar viva e sem sequelas mais graves.
Notícias relacionadas
Especialista aborda a saúde mental nas empresas
Promovido pela ACI de Santa Cruz, o tradicional evento empresarial terá como painelista o psicólogo e consultor, Fernando Elias José
Lersch reinaugura loja com mais de mil metros quadrados
Empresa localizada no coração de Vera Cruz há 38 anos reabre neste sábado (21), repleta de novidades aos clientes
Ana Nery promove 13ª Jornada Cuidando do Cuidador
Na semana em que completou 69 anos, Hospital Ana Nery realizou evento para os colaboradores da instituição
Centenas de mudas de árvores são plantadas no Vale do Taquari
A ação, que prevê a revegetação de áreas atingidas pelas enchentes, é alusiva ao Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro