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“Estamos vivendo um caos”, resume infectologista

Publicado em: 03 de março de 2021 às 17:22 Atualizado em: 01 de março de 2024 às 13:04
  • Por
    Bruna Oliveira
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Pixabay
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    Medo que atinge todos os profissionais da saúde está em não conseguir atender todos os pacientes

    O Hospital São Sebastião Mártir e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Venâncio Aires, registram mais um dia de superlotação devido ao aumento de casos de Covid-19. O quadro se prolonga há semanas, e a expectativa, conforme a médica infectologista Sandra Knudsen, é de que a situação preocupante continue nos próximos dias. “Acredito que vamos continuar neste ritmo, pois demora para a recuperação dos pacientes e eles já vêm em estado grave. Ainda estamos recebendo pacientes que estão com doença de dez dias e que agora o quadro começou a complicar”, diz a médica.

    De acordo com Sandra Knudsen, o medo que atinge todos os profissionais da saúde está em não conseguir atender todos os pacientes devido à falta de leitos e ao aumento de pessoas que já chegam em estado grave na instituição. Nos últimos dias, a UPA está acomodando pessoas no oxigênio que esperam por vaga no hospital.

    A profissional descreveu a situação como desesperadora e a comparou com um tsunami, em razão da velocidade e da agressividade da doença. “Estamos vivendo um caos. Todos os dias a gente busca uma forma de acomodar a todos, abre outra enfermaria, ajeita aqui, ajeita ali… é uma coisa que não tem como descrever, é desesperador”, relata a médica.

    Ocupação em UTIs

    Tanto em Venâncio Aires como em Santa Cruz do Sul, municípios com leitos de Unidade de Terapia Intensiva para pacientes em estado grave da Covid-19, a ocupação dos leitos é superior a 100%. Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, dos 60 leitos disponíveis, 70 estão ocupados. Ambas as casas de saúde operam no limite e já ampliaram ao máximo as suas estruturas.