A bioquímica Danielly Bullé detalha os principais testes para a detecção do coronavírus e as suas diferenças
Uma dúvida muito comum entre a maioria da população, os testes para saber se o coronavírus está ativo ou negativo no nosso corpo têm se mostrado fundamentais para que a população pudesse se isolar evitando uma transmissão ainda maior do vírus. A bioquímica Danielly Bullé, graduada em Farmácia, especialista em Análises Clínicas, mestre em Tecnologia Ambiental e doutora em Microbiologia e Parasitologia é a convidada desta semana do Arauto Saúde e detalha os principais testes para a detecção do coronavírus e as suas diferenças.
Conforme a bioquímica, no atual estágio da pandemia é importante trabalhar com a aplicação de dois exames, o antígeno, que é o teste rápido que a maioria das pessoas está fazendo hoje, e o PCR. No entanto, Danielly afirma ser fundamental que as pessoas aguardem alguns dias para realizar o exame. “É importante que a população se atente aos sintomas, eles precisam ter pelo menos três dias de sintomas para realizar o teste, pois eu tenho uma produção muita alta de vírus neste momento. Se eu fizer um teste antígeno antes do terceiro dia, eu posso ter um resultado falso negativo, podendo o paciente achar que não tem o vírus. Assim, ele vai acabar saindo e não cumprindo o isolamento”, ressalta.
Danielly ainda reforça que todos tenham calma e se atentem aos sintomas caso observarem algum tipo de mudança na saúde. “Em uma pandemia, a gente trata qualquer sintoma como sendo Covid, até que se prove o contrário. Esses sintomas às vezes são muito leves e as pessoas acabam justificando dizendo que são dores normais da rotina da semana. Assim, mesmo com essas justificativas, é necessário que neste momento, com a alta transmissibilidade e os hospitais lotados, as pessoas façam o teste”, recomenda a bioquímica.
Referente à automedicação, Danielly orienta que em hipótese alguma seja levada em conta esta alternativa, tendo em vista os grandes riscos envolvidos. “Sempre orientamos que se o paciente tiver algum sintoma um pouco mais grave, como falta de ar ou cansaço extremo, que ele procure imediatamente o médico. Nunca que ele faça automedicação. Por que o Covid-19 hoje é uma doença que a gente ainda não conhece, não sabemos o que esperar de sequelas a longo prazo e a automedicação pode causar sequelas maiores ainda do que a própria doença”, finaliza.