Gabriela e a mãe Ana Paula foram prensadas na calçada de Santa Cruz por um carro desgovernado
Era pra ser apenas uma tarde normal de sábado. Gabriela Maycá Sanfelice, 21 anos, foi com sua mãe tomar um café no centro de Santa Cruz do Sul. Para voltar até sua casa, ela e Ana Paula Maycá Mariano, 44 anos, fisioterapeuta, precisavam apenas de poucos minutos a caminhar. Porém, na primeira quadra após o café, na Rua Borges de Medeiros, a surpresa: enquanto andavam de braços cruzados, um carro atingiu as duas.
Prensadas na calçada por um veículo, Gabriela, estudante de medicina, acostumada a falar de vida, pensou na morte. A jovem não viu o carro se aproximar. Estavam na calçada, local onde as pessoas geralmente se sentem seguras. Pelo menos até ontem. No vídeo gravado por uma câmera de segurança, é possível ver e entender o impacto que Gabriela e Ana Paula sofreram.
Gabriela caiu e teve medo de olhar para sua perna que se encontrava debaixo do carro. “Não senti dor na hora, mas pensei que minha perna estivesse moída”, conta. E, então, ficou inconsciente. O salto de sua bota ficou destruído e o coração de sua mãe também, ao ver a filha naquela situação. A mulher que dirigia o carro pediu perdão diversas vezes, mas não prestou socorro. Ela tem carteira de habilitação, mas alegou não estar acostumada a dirigir um carro automático.
Do chão da Borges de Medeiros, elas foram para o Hospital Santa Cruz (HSC). Gabriela acordou no carro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Já no HSC, ficaram algumas horas com o traumatologista. Morfina, raio-x de tórax, bacia, pernas e pés. Foram nestes últimos as lesões encontradas. Depois disso, voltaram para casa. Segundo Gabriela, a mãe ainda está em choque. Até assistir o vídeo, Gabriela não tinha consciência da gravidade do acidente e das diversas consequências que poderia ter causado.
“Minha mãe me salvou”
Gabriela, que deseja se formar para salvar vidas, sabe que foi sua mãe que salvou a dela neste final de semana. A mesma mulher que lhe colocou no mundo, permitiu que ela continuasse nele. Foi graças aos “puxões” de Ana Paula, que o impacto em Gabriela foi menor. “Precisamos valorizar quem amamos e agradecer todos os dias”, diz.
“Uma irresponsabilidade poderia acabar com tudo”
A estudante de Medicina, que se dedica diariamente para viver ajudando os outros, lamenta como tudo aconteceu. “Eu acredito que um carro não utilizado com responsabilidade, é uma arma”. Gabriela enfatiza que é preciso adquirir prática, antes de se arriscar dirigir em lugares públicos e movimentados. “Somos constituídos de sonhos. Uma negligencia não pode acabar com isso”, destaca.
O boletim de ocorrência será registrado na Delegacia de Polícia nesta segunda-feira (12).
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