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Governistas irão ao Conselho de Ética contra senadoras que impediram votação

Publicado em: 11 de julho de 2017 às 17:15 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:55
  • Por
    Jaqueline Gomes
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto Divulgação/Antonio Cruz/Agência Brasil
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    Senadoras se recusaram a desocupar a mesa do Plenário do Senado e o presidente Eunício Oliveira decidiu suspender a sessão

    O senador José Medeiros (PSD-MT) está recolhendo assinaturas de seus colegas parlamentares com o objetivo de ingressar no Conselho de Ética contra as senadoras da oposição que protestam no Plenário do Senado contra a votação da reforma trabalhista. Medeiros diz não ter dúvidas de que houve quebra de decoro por parte das parlamentares, que ocuparam a Mesa do Senado e impediram o presidente da Casa, Eunício Oliveira, de presidir a sessão que analisaria o projeto.

    Segundo ele, a representação será oferecida também aos "insufladores" e "mentores initelectuais da baderna", sem indicar outros nomes. Até o momento, 10 senadores já assinaram a representação. "Isso não é o senador Medeiros. É o corpo do Senado que está se sentindo extremamente atingido, com vergonha alheia desse espetáculo que foi dado aqui para o Brasil e para o mundo, e querem representar para que o Conselho de Ética possa se posicionar", afirmou o senador.

    Quatro horas após Eunício Oliveira suspender a sessão por tempo indeterminado, parlamentares da oposição continuam ocupando o plenário do Senado e dizem que só vão permitir o início da apreciação da reforma trabalhista depois de um acordo que permita aos senadores votarem em separado as condições de trabalho para grávidas em locais insalubres.

    A confusão começou quando a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) conduzia os trabalhos e concedia a palavra a outras parlamentares. Quando chegou para dar continuidade à sessão, o presidente Eunício Oliveira foi impedido, e o protesto continuou sendo feito pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO). As senadoras se recusaram a desocupar a mesa do Plenário do Senado e o presidente Eunício Oliveira decidiu suspender a sessão. Ele chegou a pedir para cortar a luz do Plenário.

    A senadora Gleisi Hoffmann defendeu que o Senado exerça o seu papel como Casa revisora e altere os pontos da reforma trabalhista que achar necessário. "Qual o problema de o projeto voltar de novo para a Câmara? As principais prejudicadas com essa reforma trabalhista são as mulheres. São as empregadas domésticas, as mães que não vão ter mais lugar salubre de trabalho, é a questão do menor salário. É isso que vai acontecer", criticou.