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Calor invade estação mais fria do ano

Publicado em: 14 de julho de 2017 às 17:21 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:58
  • Por
    Luciana Mandler
  • Fonte
    Jornal Arauto
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    O inverno já iniciou, no entanto, no lugar dos blusões e casacos, o espaço fica para as roupas leves. Nas ruas, a pedida é pelo sorvete

    A estação que era para ser a mais fria do ano começou no dia 21 de junho. Entretanto, as baixas temperaturas, tão esperadas pelos gaúchos, ainda não se manifestaram desde então. Pelo contrário, nas últimas semanas, os termômetros têm registrado temperaturas típicas de verão, como nesta sexta-feira, em que fazia 25 graus no início da tarde em Vera Cruz.

    No fim das contas, quem ganha e quem perde com este clima? Para a cabeleireira Josiane Bittencourt, a sensação de estar em pleno verão é uma maravilha. “Podemos abusar das roupas mais leves, aproveitar para tomar sorvete, passear, ir na praça, sair à tardinha e à noite, pois não tem vento”, sugere. 

    A vera-cruzense, além de aproveitar o clima, vê o “veranico de julho” como uma oportunidade para o seu salão. “Com o calor, as clientes vêm mais, se cuidam, pois não precisam fugir do frio e da chuva”, avalia. Josiane conta que em dias muito frios ou chuvosos, o movimento é menor.

    QUEM GANHA
    Outro setor que tem sido favorecido com a oscilação nas temperaturas é o farmacêutico. Desde que o inverno começou, há 24 dias, houve incremento na venda de medicamentos como antigripais, antialérgicos, remédios para a tosse e para garganta. Além das farmácias, quem aproveita o clima ao estilo do verão são as sorveterias e os estabelecimentos comerciais que oferecem sucos, milk shakes e sobremesas típicas da estação mais quente do ano. No município, os vera-cruzenses têm buscado amenizar o calor principalmente com sorvetes.

    QUEM PERDE
    O verão em pleno inverno prejudica alguns setores, entre eles o de eletrodomésticos e  eletrônicos. Quem confirma a informação é o gerente comercial Deividi Zuchetto, que revela ter tido queda de cerca de 90% na loja em que trabalha. Em julho, Deividi revela que não houve procura por aquecedores, por exemplo. “O consumidor voltará a procurar este tipo de item se esfriar por mais de uma semana”, revela.  O gerente Anderson Ketzer reforça queda nas vendas. “Em junho houve grande procura por aquecedores, máquina de secar roupas. Agora está tudo parado”, diz. No setor de vestuário e calçados não tem sido diferente. Botas, blusões e casacos de lã estão à espera do frio para serem comercializados, pois os consumidores têm optado por peças leves.

    FLORES EM PLENO INVERNO
    Neste ano o inverno está sendo atípico para os gaúchos. As baixas temperaturas dão lugar a temperaturas agradáveis, que também contribuem para a floração das plantas. Em Vera Cruz, os pátios como de dona Gladis Schuck, moradora de Linha Capão, embelezam o cenário, típico da primavera. Há cerca de dois meses, o Manacá da serra, conhecida ainda como Primavera, enche os olhos de quem a vê.

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