Em extrema pobreza, 455 famílias

Desigualdade por todo lado. Enquanto no Brasil fala-se em milhões desviados por políticos, tem quem vive contando – e quando tem – os centavos para comprar o alimento a ser posto na mesa. A situação de pobreza é tamanha que comove. Em Vera Cruz, 455 famílias são consideradas extremamente pobres. A renda, muitas vezes, é apenas a do Bolsa Família, que em média paga R$ 124 por mês. O trabalho formal é escasso, o que deixa a situação ainda mais complicada. Mas o período de melhora nos rendimentos está chegando. Daqui alguns dias o tabaco começa a ser colhido. É a boa safra aos produtores e o período de comida na mesa dos mais pobres.

As dificuldades e as condições precárias de moradia não são vistas apenas nos bairros mais carentes de Vera Cruz, como o São Francisco e o Boa Vista. Tem no interior também. O Departamento de Assistência Social, que auxilia os mais necessitados, diz que locais com miséria existem nas mais diversas localidades. Linha Tapera é uma delas. 

Em um chalé, de pouco mais de 20 metros quadrados, vive Patrícia Figueiredo Mates, o esposo Mauri e o pequeno Ângelo, de 2 anos e meio. Alegria não falta na casa, mas boa parte da renda no fim do mês vem do Bolsa Família. Patrícia tem 21 anos e não consegue trabalhar. Precisa cuidar do filho. Já o marido realiza trabalhos esporádicos. “Faz de tudo”, resume a mulher. “Capina, trabalha na lavoura, planta e colhe fumo”, descreve. Faz dois meses que o casal conseguiu construir seu próprio banheiro e uma pequena varanda na frente da casa. Um valor recebido de uma herança do pai de Patrícia foi que ajudou.

Confira a matéria na íntegra na edição do Jornal Arauto deste sábado.