Nesta quarta, greve completa 59 dias no Estado
Completando 59 dias de greve nesta quarta-feira (1º), o 18º núcleo do Cpers/Sindicato preparou o seu calendário de lutas na Plenária de Mobilização realizada hoje, na sede da entidade. Na reunião, foram definidos os próximos passos da categoria que, em Assembleia Geral na terça-feira (31), decidiu pela continuidade da greve.
A agenda de mobilizações tem início no sábado (4), quando os educadores retornam à Praça Getúlio Vargas, com a Tenda da Resistência, das 9h às 11h30min. Na segunda-feira (6), o Cpers estará na Câmara de Vereadores de Santa Cruz, para buscar o apoio dos parlamentares e a aprovação de uma moção de apoio ao movimento grevista. O ato também acontecerá em Encruzilhada do Sul e Pantano Grande.
No dia seguinte (7), o sindicato estará em Porto Alegre para ato convocado pela direção central. Na quinta-feira (9), a agenda será em Santa Cruz, com visita às escolas da região. Na sexta-feira (10), a categoria participa do Marco Nacional de Lutas, em Porto Alegre. A manifestação é convocada por diversas centrais sindicais que protestam contra a reforma trabalhista, que entra em vigor neste mês.
Governo emite nota
O Governo do Estado emitiu uma nota dizendo que a greve representa setores partidários e não categoria de professores. Confira:
Ao radicalizar e manter a greve, o Cpers se divorcia ainda mais da sociedade gaúcha. É triste, mas é a realidade.
A verdade é que grupos radicais, ligados ao PT e ao PSOL, estão por trás da decisão de esticar uma greve que extrapolou os limites, colocando em risco o ano letivo – ou seja, prejudicando estudantes e suas famílias.
A greve tem cada vez menos adesão. Não representa a categoria dos professores, mas apenas setores militantes e engajados politicamente.
O governo fez tudo o que podia: pagar antes os salários de quem ganha menos, propor indenização dos servidores pelo atraso, sinalizar o momento em que os salários deverão ser pagos em dia novamente e retirar de tramitação na Assembleia Legislativa uma proposta de emenda à Constituição (PEC).
Fez inúmeras reuniões, falou sempre a verdade, avançou nas propostas. As saídas estavam postas. O Cpers escolheu isolar-se.
As pautas do Cpers desta terça-feira (31) não trazem nenhuma menção ao aluno. Em vez disso, aparece até solidariedade a movimento anarquista. Onde isso vai parar?
Restou apenas uma luta eleitoral, que não tem o mínimo interesse na educação pública do Rio Grande do Sul. Não é isso que a sociedade quer, nem mesmo os professores. As dificuldades existem, mas não é desse modo que vamos superá-las.
O governo lamenta o uso da Educação e do sindicalismo para fins políticos. Continuará dialogando, mas tendo como foco o aluno.
Os professores têm visão crítica e independência. O governo pede que voltem às aulas para que possamos continuar evoluindo. O Rio Grande precisa de todos.
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