Entre os assuntos, Mariluci Reis fala sobre a organização dos municípios nesse processo, a imunização de pessoas com comorbidades e a falta no quantitativo de segundas doses
A imunização contra a Covid-19 ainda gera uma série de dúvidas na população: pessoas de quais idades podem tomar as doses, quem se encaixa nestes grupos prioritários e por aí vai. Para esclarecer mais sobre o assunto, a convidada desta semana do Arauto Saúde é a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Mariluci Reis.
Mariluci salienta que quando a população está bem informada, se sente mais segura para buscar a vacinação. Desta forma, a coordenadora da 13ª CRS explica que é importante a comunidade entender que o andamento da vacinação contra a Covid-19 ocorre de forma diferente em cada município do Vale do Rio Pardo. “Isso ocorre, por exemplo, se analisarmos que alguns municípios possuem presídios. Assim, esses terminaram de vacinar recentemente os presidiários e profissionais que trabalham nestes locais. Agora, eles estão expandindo a vacinação para professores, esclarecendo que só podem se imunizar os profissionais ativos, que estão dentro das salas de aula”, revela Mariluci.
A profissional cita, ainda, que neste momento também está sendo realizada a imunização de pessoas com comorbidades. Segundo ela, se encaixam neste grupo aqueles que têm doenças com as quais vão conviver para o resto da vida, ou seja, pacientes crônicos. Entre os exemplos estão cardíacos e diabéticos. Mariluci reforça também uma dúvida recente da comunidade, relacionada à imunização de pessoas com problemas oculares. “Neste caso, a imunização está aberta para quem realmente tem uma comorbidade ocular, com dificuldade séria para enxergar, e não para toda pessoa que usa óculos, pela dificuldade em ler um livro, por exemplo”, acrescenta.
Entre os desafios enfrentados pela região neste processo está a falta de quantitativo necessário para aplicar a segunda dose das vacinas, a exemplo da CoronaVac, conforme a profissional. “Ainda estamos estudando os motivos pelos quais isso ocorreu. O que nos deixa um pouco mais tranquilos é saber que, conforme a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, vamos receber a partir da próxima semana mais doses para aplicar o reforço naqueles em que a segunda dose está faltando”, frisa.
Por fim, Mariluci reforça que as pessoas que se encaixam nos grupos prioritários em que a vacinação está sendo ofertada e que ainda não se imunizaram, podem procurar as unidades de saúde de seus municípios.