Fonoaudióloga Gislaine Krause destaca a importância de se realizar a prevenção contra a doença
Conhecido como o mês de prevenção ao Câncer de Cabeça e Pescoço, o julho verde traz um alerta para a sociedade sobre os cuidados acerca desse tipo de doença. A maioria dos cânceres de cabeça e pescoço se inicia nas células escamosas que revestem as superfícies úmidas da região, como dentro da boca, do nariz e da garganta. Para falar sobre o assunto, a convidada do Arauto Saúde desta semana é a fonoaudióloga Gislaine Krause.
Segundo a especialista, o Julho Verde é uma campanha criada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, que busca alertar a sociedade quanto ao tratamento do câncer de cabeça e pescoço. “Hoje em dia é muito importante se ter a prevenção, pois hoje a gente sabe que quanto antes tivermos o diagnóstico, maiores serão as chances de cura. Na maioria das vezes, o paciente acaba tendo entre 80% e 90% de chance de cura se o câncer for descoberto logo no início”, destaca Gislaine.
Outro ponto de destaque, é que o trabalho da fonoaudióloga geralmente se dá após as cirurgias, sendo necessário um envolvimento do paciente para a obtenção de melhores resultados. “O paciente quando chega para a fonoterapia, geralmente já passou pelo processo de cirurgia de cabeça e pescoço, que pode ter sido realizado na laringe, cavidade oral, tireoide, entre outros locais. Geralmente quando o paciente chega até nós, ele já tem alguma sequela”, afirma a especialista.
Dessa forma, Gislaine reforça o pedido para que ao ser encaminhado até a fonoaudióloga, o paciente vá o quanto antes para ser realizado todo o trabalho. “Dependendo da queixa, se ele vem logo no início, a gente tem uma boa chance de cura, não vou dizer totalmente, mas que ele tenha uma qualidade de vida adequada e consiga pelo menos se comunicar, pois quando é afetada a comunicação, às vezes o paciente acaba se isolando muito”, frisa a fonoaudióloga.
Portanto, assim que o médico liberar e encaminhar o paciente ao fonoaudiólogo, quantos antes o enfermo puder buscar ajuda, melhor será o processo de estabilização. “Nos procurando logo, a gente consegue reabilitar melhor as sequelas, diferente do que quando o paciente espera meio ano ou 1 ano para fazer o tratamento. O quanto antes ele for reabilitado, melhor vai ser a recuperação”, conclui a especialista.