Médico otorrinolaringologista, Fernando Hermes esclarece dúvidas e detalha os principais cuidados necessários com a doença
A cada troca de estação, um velho vilão da saúde acaba entrando em cena: a rinite alérgica, que geralmente se manifesta na primavera, em razão da mudança de temperatura durante o dia e por ser uma estação que sempre apresenta uma grande quantidade de pólen no ar. Apesar das pessoas serem alérgicas o ano inteiro, na primavera os sintomas são mais frequentes. Para falar mais sobre como a rinite afeta a vida das pessoas, o convidado desta semana do Arauto Saúde é o otorrinolaringologista Fernando Hermes.
Conforme o especialista, a primavera é a estação na qual a maioria dos pacientes procura atendimento médico em razão dos desconfortos. Isso ocorre pois é o período de polinização das plantas, sendo as gramíneas as principais causadoras da rinite, pois a grama também produz pólen, fazendo com que as micropartículas em suspensão no ar em contato com a mucosa, causem a rinite. “A gente percebe nessa época do ano um aumento no número de demanda e queixas alérgicas e respiratórias no consultório. Então, eu acho que é uma doença importante, mesmo não sendo uma doença grave, ela traz muitos prejuízos tanto para o adulto como para a criança. Assim, uma criança acometida por uma rinite alérgica não vai conseguir dormir de noite, isso vai prejudicar a qualidade do sono dela e consequentemente o seu desempenho na escola, ocorrendo a mesma coisa com os adultos”, ressalta.
Segundo Hermes, existem rinites alérgicas e não alérgicas que podem confundir os pacientes. “As rinites alérgicas são caracterizadas por uma doença inflamatória da mucosa de dentro do nariz. Mas, existem também várias rinites não alérgicas, e uma que temos nos preocupado bastante é a rinite infecciosa, como a causada pelo coronavírus. Existe uma diferenciação entre elas, o quadro clinico é diferente, mas os sintomas confundem, e por isso é importante ir no especialista”, frisa.
Ainda, Hermes destaca os principais sintomas em caso de suspeita da doença. “Existem quatro sintomas clássicos, sendo eles a coriza, a coceira no nariz, os espirros e a congestão nasal, que talvez seja o sintoma que mais incomode os pacientes”, finaliza o otorrinolaringologista.