Psicóloga e neuropsicóloga Andressa Sehn detalha principais características da doença e seus diferentes níveis
Sendo uma síndrome caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no comportamento, o autismo geralmente é diagnosticado entre os 2 e 3 anos de idade. Assim, os autistas apresentam o desenvolvimento físico normal, mas acabam tendo grande dificuldade para firmar relações sociais ou afetivas e dão mostras de viver em um mundo isolado. Para falar mais sobre como o autismo afeta as crianças, a convidada desta semana do Arauto Saúde é a psicóloga e neuropsicóloga Andressa Sehn.
Conforme a especialista, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso central, motor, cognitivo, o comportamento, as emoções, em maior ou menor grau, dependendo do nível do autismo. Na maioria das vezes, os sintomas já podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo geralmente diagnosticados entre os 2 e 3 anos de idade. “O diagnóstico geralmente já é feito na infância, dependendo da manifestação dos sintomas. Algumas vezes, é necessário ter muito cuidado para realizar o diagnóstico quando os sintomas não são tão evidentes. Assim, muitas vezes o médico encaminha a criança para uma intervenção precoce por atrasos no desenvolvimento ou por algumas questões particulares que aparecem nesse desenvolvimento e chamam a atenção antes de dar o diagnóstico”, destaca.
Após diagnosticada, a pessoa pode apresentar diferentes níveis de autismo, conforme explica Andressa. “Temos o autismo de nível 1, que é de alto funcionamento e baixa intensidade, que muitos conhecem como autismo leve. O autismo de nível 2, que é o autismo em que o indivíduo precisa de um apoio nas atividades no dia a dia e o autismo de nível 3, que é de alta complexidade e baixo funcionamento, quando o indivíduo precisa de total apoio nas atividades do dia”, salienta.
Ainda, a psicóloga frisa que é fundamental que a sociedade tenha empatia e respeito com os autistas. “É sempre importante a gente tentar compreender cada indivíduo, pois cada um é único dentro do seu espectro. Algumas pessoas ainda acreditam que as crianças com autismo não gostam de abraço, não gostam que lhe toquem, mas depende, têm crianças que gostam e são bem afetivas”, conclui.