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Alceu Crestani é denunciado pelo Ministério Público por suposta exigência de salário de assessores

Publicado em: 21 de janeiro de 2020 às 12:54 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 22:19
  • Por
    Kethlin Nadine Meurer
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores
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    Vereador teve bens bloqueados e deve pagar multa em caso de condenação. Ex-assessor também foi enquadrado por improbidade

    O vereador de Santa Cruz do Sul, Alceu Crestani (PSDB), foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por suposta exigência de parte de salário dos assessores parlamentares e manutenção de servidor fantasma, que também foi arrolado à ação civil pública. Os dois foram enquadrados por improbidade administrativa, tiveram bens bloqueados e, se condenados, deverão pagar multa a fim de ressarcir o erário público.

    A denúncia foi feita por um ex-assessor que relatou à promotoria, ainda no ano de 2017, que era obrigado a destinar 50% do valor do salário ao vereador. O caso será analisado e julgado pela 2ª Vara Cível da Comarca de Santa Cruz, sob comando do juiz André Luís de Moraes Pinto.

    De acordo com o documento encaminhado no início da noite desta segunda-feira (20) e divulgado na manhã desta terça-feira (21), o vereador teve decretado o bloqueio de metade de um imóvel e dois automóveis. Já o servidor teve indisponibilidade um carro e metade do capital social de uma empresa, da qual é sócio. Além disso, os dois, caso condenados, terão que ressarcir o patrimônio público com o pagamento de multas que nos dois casos ultrapassam os R$ 200 mil.

    O documento detalha ainda que os pedidos feitos pelo vereador contemplavam metade do salário de um assessor. Crestani também foi acionado por permitir a realização de atividades privadas por parte do outro denunciado, mesmo sendo remunerado por verba pública e pela nomeação de servidores com interesses pessoais. O ex-assessor, que atuou de entre dezembro de 2014 a agosto de 2018, foi denunciado pelo não desempenho da função pública durante o horário de expediente e sendo remunerado pela função.

    Ainda de acordo com o documento, assinado pelo promotor de Defesa Comunitária Érico Fernando Barin, o vereador, em caso de condenação, terá que desembolsar R$ 247 mil, enquanto o ex-servidor, também em caso de condenação, deve pagar R$ 225 mil em multas. 

    Até o fechamento desta matéria a reportagem do Portal Arauto não conseguiu contato com o vereador.