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Santa-cruzense conta rotina na Itália, país com onda de casos coronavírus

Publicado em: 03 de março de 2020 às 11:03 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 07:30
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Arquivo Pessoal
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    Advogada destaca ter apenas adicionado o álcool gel em suas atividades

    Se engana quem pensa que o coronavírus é motivo de temor para todos os moradores de países com muitos casos confirmados. A santa-cruzense Iana Knak, que mora há sete anos na Itália, conta que não mudou sua rotina. O país europeu tem mais de dois mil casos confirmados, com 52 mortes, conforme o jornal italiano "Corriere della Sera". Entretanto, ela preferiu manter a calma e adicionou o álcool gel em suas atividades. 

    A advogada conta que quando o coronavírus surgiu na China, não pensou muito sobre a possibilidade do vírus se espalhar, mas passou a pesquisar sobre a doença. "Estava inscrita na Maratona de Tóquio, no Japão. Quando ela foi cancelada, imaginei que a possibilidade de propagação era grande. Vivemos em um mundo altamente globalizado. Pessoas de todas as nações viajam em alta velocidade por todos os 'cantos' do mundo. Então, seria dificil manter o isolamento em um único pais", ressalta.

    Quando o primeiro caso foi confirmado na Itália, Iana estava em Budapeste e chegou a pensar se voltava ou ficava. Porém, após avaliar a situação comparada com outros eventos de natureza similar, retornou para casa. "Não mudei minha rotina. Venho trabalhar normalmente, vou para a academia, frequento locais públicos, como shopping e supermercado. A única coisa que incrementei foi o aumento do uso de álcool gel nas mãos e esterilização dos equipamentos na academia, antes do uso, mesmo que já tenham sido limpos", comenta. 

    Antes do alarme, as informações

    É nisso que a advogada, que atualmente trabalha como Gerente de Projetos Business na área de Garantia para a Europa, acredita. Por isso, ela prefere encarar o vírus como tantos outros que anualmente matam milhares de pessoas. "Há poucos anos tivemos o H1N1 que matou mais pessoas que o corona. Anualmente, a influência viral, os ataques cardíacos por falta de atividade física, a febre amarela no Brasil, o tão conhecido HIV, contaminam e matam. Porém, ainda assim, pessoas discutem a importância da vacinação ou não usam preservativos. O coronavírus é apenas mais um resultado da nossa falta mundial de higiene pessoal e ambiental, assim como da nossa péssima mémoria ou desculpas embasadas em 'modismos' infundados", diz. 

    Mesmo com a grande quantidade de casos, Iana conta que o cuidado na Itália se baseia em ações simples, como o uso do álcool gel e desinfetante para mãos, além de evitar contato com pessoas com tosse. "Eu desejo muito que a vacina seja desenvolvida o mais breve possível e que os casos sejam controlados. As autoridades na Itália estão sendo muito eficientes, agindo rapidamente, assim como as empresas e escolas. Porém, infelizmente, a grande parte das pessoas prefere aceitar tudo e qualquer coisa que lê ao invés de pesquisar. Precisamos lembrar que não é a primeira vez e nem será a última que enfrentaremos situações do gênero, principalmente se não mudarmos nossos hábitos", salienta.