Exames feitos em Santa Cruz do Sul vão agilizar diagnóstico da doença que virou pandemia
No momento de pandemia, a solidariedade e as parcerias se mostram fundamentais. Pois é o que ocorre entre a Unisc e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Nos próximos dias inicia a realização de testes de Covid-19 no município. Os últimos detalhes são vistos e foram compartilhados pela diretora de Inovação e Empreendedorismo da Unisc, Andreia Valim, no Arauto Saúde desta semana. Segundo ela, há um conjunto de profissionais envolvidos, como professores, estudantes de iniciação científica, funcionários e voluntários. Todos atuando nas dependências da universidade e preparados para o novo desafio.
A realização dos testes em Santa Cruz, conforme Andreia, vai diminuir o tempo para conhecer o resultado. “Por realizar aqui, encurta o tempo de transporte do material e não entra no gargalo que o Lacen está tendo”, diz. A expectativa é de que o laudo esteja liberado entre 48 e 72 horas. “Ainda não temos como confirmar isso porque não conseguimos estabelecer o fluxo de trabalho por falta dos reagentes necessários. Na medida que chegar, conseguimos precisar”, frisa. Todos esses materiais devem estar disponíveis na semana que vem, quando iniciam os testes.
COMO IRÁ FUNCIONAR
Conforme a professora, são quatro etapas. A primeira é a coleta do material do paciente, sob responsabilidade do Município. A segunda é o recebimento e a preparação da amostra já na Unisc. A terceira é a extração do RNA, material genético do vírus. Nessa etapa será utilizado um equipamento emprestado pela empresa ProfiGen. E a quarta é a realização da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real. “Ali que se descobre quem é positivo e negativo para coronavírus”, pontua. A projeção é de que sejam feitos aproximadamente 50 testes por dia.
A realização destes testes na Unisc, além de proporcionar agilidade, traz amplo conhecimento aos profissionais envolvidos. “É um ganho enorme para professores e alunos”, frisa Andreia. “Nós teremos um incremento de compreensão de como a doença se estabelece, tendo um diagnóstico aqui em Santa Cruz. Vamos aprender muito com esse processo. O momento é novo”, arremata ela, que comenta, ainda, da ideia de buscar mais pessoas interessadas em trabalhar nos testes e das parcerias que podem vir a ser firmadas com a Universidade para contribuir neste momento.