A psicóloga Emanueli Paludo explica em que situações os jovens são acolhidos junto à instituição
A Associação Comunitária Pró Amparo do Menor (Copame), de Santa Cruz do Sul, é lar para crianças e adolescentes, de recém-nascidos aos 18 anos, que foram retirados dos pais ou dos responsáveis legais após determinação judicial. Dessa forma, o trabalho realizado na instituição é de extrema importância para estes jovens e quem conta mais sobre seu funcionamento é a convidada do Arauto Saúde desta semana, a psicóloga Emanueli Paludo.
Conforme a profissional, as crianças e os adolescentes chegam aos cuidados da Copame porque sofreram violação de direitos e precisam ser retirados do meio familiar. “O Conselho Tutelar, com determinação do Juizado de Menores, tira esse jovem do convívio familiar e encaminha à instituição. Assim, eles passam a residir aqui por um determinado período até que o Juizado determine que haja condições de retornarem para casa”, esclarece. Dessa forma, o trabalho da Copame inclui os cuidados diários das crianças e dos adolescentes, que frequentam a escola em um turno e no outro participam de projetos e de atendimentos diversos com fonaudiólogo, psicólogo, pedagogo e médico. “Nós tentamos de todas as formas possibilitar um desenvolvimento saudável a eles”, revela Emanueli.
Já as famílias, segundo a profissional, são encaminhadas para a rede de atenção, seja CRAS e CREAS, ou a rede de saúde. “Esse encaminhamento é importante para que as famílias possam entender o que aconteceu, qual foi a violação de direito que houve, bem como para se reorganizar e receber o jovem novamente em casa”, explica. Semanalmente, as famílias podem realizar visitas às crianças e aos adolescentes na Copame.
Mesmo com toda a rede de atenção, caso não haja condições de o jovem retornar à família, Emanueli explica que é aberto um processo de adoção. “Então, as pessoas interessadas se habilitam no Fórum e quando há uma criança disponível nesse perfil de adoção, a família é chamada, a criança é informada e inicia o processo de vinculação”, diz. Ela lembra, ainda, que o processo de adoção ocorre em último caso, pois o principal objetivo é que esse jovem volte a conviver com a família.