Pediatra é conhecido em Santa Cruz e Vera Cruz pelo profissionalismo, carisma e atenção aos pequenos
Ele gosta de gente, de fazer novos amigos e ser lembrado pela simplicidade. Sente-se bem ao participar do nascimento de uma nova vida, mas sobretudo se orgulha em por anos cuidar de quem um dia ouviu dar o primeiro choro. Jorge Fernando Bertão é pediatra, conhecido em Santa Cruz do Sul e Vera Cruz pela sua dedicação às crianças. É chamado por elas de “Bocão”. O motivo: porque está sempre sorrindo. Aliás, ele diz que ao acordar você tem 100 motivos para levantar bem e 100 para levantar mal e que escolhe felicidade, amparar as pessoas e passar o conhecimento que tem em saúde a elas.
Esse carisma e essa vitalidade são heranças do pai e da mãe, combinadas a outras funções que Bertão desempenhou, como a de balconista. Ele faz, inclusive, analogia do seu atendimento a um comércio. “As pessoas procuram um médico, querem ser bem atendidas por ele e saírem com seu problema resolvido”, menciona o profissional, que diz não conseguir dissociar a sua pessoa pediatra da sua pessoa homem. “O Jorge Bertão não existe pessoa. Existe o pediatra Jorge Bertão. Eu vou morrer trabalhando como pediatra, a não ser que eu fique inválido”, acrescenta ele, que atende pacientes no momento que for, seja sábado, domingo, feriado ou madrugada.
E toda essa energia nos atendimentos retorna em tantos gestos de gratidão, que o deixam lisonjeado. Basta dar uma rápida olhada em seu perfil nas redes sociais e ver menções ao “Dr. Sorriso, Dr. Porto Seguro, Dr. Sincero, Dr. Anjo e Dr. Sem Horário” – todas recheadas de muito carinho. “O que seria de nós sem você?” é uma delas, uma das mensagens vindas das cerca de 800 famílias que têm seus pequenos todos os meses atendidos por Bertão.
De uma família simples, mas que ama pessoas
Jorge Fernando Bertão, hoje com 57 anos, é natural de Santa Maria. Filho de mãe professora e pai militar, nasceu em família simples. Não esconde as lembranças e diz que o pai, por exemplo, vestiu pela primeira vez sapatos aos 18 anos, quando ingressou no Quartel. Essa simplicidade fez com que sempre desse muito valor a coisas pequenas. Como a família se mudava corriqueiramente – de três em três anos, em média, em virtude da função do patriarca -, ela não conquistou imóveis. O que tinham sempre foram amigos.
Quando estava no Ensino Médio, Bertão conheceu um professor de Educação Física, que logo se tornou um “parceiraço”. Na época, eles jogavam vôlei e conversavam muito. O professor gostava de pessoas. Bertão também. De primeiro momento, o hoje médico queria estudar Educação Física. Estaria, assim, perto de pessoas e de crianças. “Eu queria uma profissão que pudesse estar ao ar livre, de tênis”, conta. Mas outra proposta entrou em sua vida, vinda do pai: “Jorge, eu tenho dinheiro pra pagar um ano de cursinho. E aí você faz Medicina e entra na área da Pediatria. Você poderá trabalhar de tênis também”. Foi o que aconteceu.
Naquele ano, Bertão estudou de oito a dez horas por dia, inclusive aos finais de semana. Para entrar na faculdade, ele lembra muito bem: eram 100 vagas. Ficou com a última. "Era pra ser mesmo", pontua. Bertão estudou em Santa Maria e desde o início foi ligado à pediatria. Depois foi a Porto Alegre fazer a residência. Casou-se com Gleide de Menezes, natural do Vale do Rio Pardo, e teve uma filha: Camille. Atualmente, Bertão mora em Santa Cruz do Sul, onde tem consultório a atende durante a tarde. Pela manhã, atua na Prefeitura de Vera Cruz, onde é pediatra concursado. Quando vai parar? A pretensão é atuar pelo menos mais 18 anos. Se irá conseguir se ausentar da função, só o futuro para dizer. Isso porque, ele não cansa de sublinhar: “a minha vida é ser pediatra”.