Liderança no empresariado do município, santa-cruzense coleciona boas recordações
Assim como o pai, que sempre apostou no comércio, Flávio Haas cresceu acreditando no poder dos negócios como vitamina para o crescimento e prosperidade de uma região. Em Santa Cruz do Sul, onde nasceu e encabeçou diversos projetos, viu, participou e incentivou o fortalecimento empresarial, que hoje destaca o município para o restante do Estado.
Inspirado no potencial que sempre enxergou no município, Haas também cresceu, sempre apaixonado pelas associações e entidades que pudessem fazer a diferença na vida econômica local. “O grande patrimônio de Santa Cruz do Sul são seus empreendedores. A classe daqui é diferenciada”, diz. Por isso, preocupado com a categoria, sempre fez questão de manter suas atividades profissionais aliadas a propósitos coletivos.
Defensor da duplicação da RSC-287, do crescimento econômico no Vale do Rio Pardo e da manutenção da cadeia produtiva do tabaco, Flávio Haas é referência em entidades e projetos como Associação Santa Cruz Novos Rumos, Associação das Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp) e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Na entrevista para a coluna Feed de Negócios, Flávio Haas nos recebeu em sua casa, no Bairro Santo Inácio, para uma conversa memorável. De maneira simples e acolhedora, o empresário nos relatou pontos importantes da sua trajetória, que muito se relaciona com a própria caminhada de Santa Cruz do Sul no setor empresarial. Entre tantas histórias, o homem que inspira muitos santa-cruzenses – assim como o autor dessa coluna -, conversou sobre sua caminhada profissional, sua paixão por esportes e seu protagonismo incontestável no município.
Carreira de batalhas e reconhecimento
Aos 16 anos, Flávio Haas teve o primeiro trabalho. Iniciou sua trajetória profissional na concessionária Caspary, revendedora dos veículos da marca Ford. Lá, como relembra com carinho, aprendeu muito sobre contabilidade e economia.
Um dia, quando Adolfo Caspary o viu riscando um papel, lhe questionou: “Desenhando no trabalho, Haas?” “Eu posso explicar”, disse o jovem funcionário. Desde aquele dia, quando ele explicou que estava fazendo um gráfico sobre o desempenho da empresa, o gestor fazia questão de contar com suas anotações. “Haas, me traz teu desenho”, dizia ele.
Em dezembro de 1970 deixou a concessionária e passou a fazer parte do time Xalingo Brinquedos. Na empresa, onde iniciou como contador, construiu sua história. Logo depois, também concluiu a graduação em Ciências Contábeis, ao lado de nomes como Hainsi Gralow (in memoriam) e Benício Werner, destacados dirigentes da Afubra.
Aliás, sempre foi agraciado com boas companhias em todas as atividades de sua vida. No esporte, quando ajudava a colocar o nome de Santa Cruz do Sul em destaque através do basquete, contracenou em quadra com Pedro Schuck (Pedrão), Luiz Warendorf (Bimba), Osvaldo Garcia (Vadinho), Luiz Bartholomay (Teté), Cláudio Schenkel (Teguinho), Elzio Deecken (Seco), Raul Gerhardt (Uli), Jaime Iserhard (Mico), Luiz Swarowski (Kili), Sérgio Sfoggia e Walter Dreyer (Chico). Todos sob o comando do treinador Cláudio Backes, fundador da Metalúrgica Mor e grande desportista.
O palco de diversas partidas de basquete – o tradicional ginásio do Ginástica – também foi um ponto especial em seu período à frente do estabelecimento. Em um show memorável para Santa Cruz do Sul, vivenciou os bastidores daquela noite e recebeu com carinho e atenção grandes nomes da música brasileira, como Wanderléa, Tony Tornado, Rosinha de Valença e Martinho da Vila.
Nos anos 70 também realizou outro sonho: se tornar professor. Na universidade, onde sempre se sentiu em casa, aprimorou seus conhecimentos e os utilizou para auxiliar no crescimento da Xalingo Brinquedos, empresa onde se sentiu em casa por quase 50 anos. Em 2020, ao deixar o cargo de diretor administrativo financeiro, iniciou outra linda trajetória. Agora, focado no Flávio Haas ser humano, sem esquecer o sangue empresarial que corre em suas veias.
Apaixonado pela família, Flávio Haas quer curtir – cada dia mais – todos os momentos possíveis junto daqueles que ama. Principalmente do neto Bernardo, a quem prefere chamar de filho com açúcar. Além disso, quer continuar a jogar tênis, seu atual talento após um passado de sucesso nas quadras de basquete. Quer ainda, com toda a certeza, recordar os momentos especiais da carreira, sempre pronto para contribuir em bons projetos, desde que venham a somar para Santa Cruz do Sul.