Santa-cruzense, que também atua como professor, tem mais da metade de sua vida relacionada à arte
"A música é minha vida, minha liberdade, meu sol que ilumina e a chuva que leva todo o mal embora". A descrição é de Elmes Edenir do Nascimento, o Edinho, que tem mais da metade de sua vida relacionada à arte. Aos 13 anos, o menino que cresceu pelo Bairro Arroio Grande em Santa Cruz do Sul passou a ignorar os jogos de futebol com os amigos para ficar em casa. O motivo: um violão, um cavaquinho e uma percussão, seus brinquedos favoritos. Nas horas vagas do estudo no Colégio Luiz Dourado, o santa-cruzense sempre optava por passar o tempo ao lado dos instrumentos, planejando um futuro com a música.
Um ano depois, ajudou a montar o grupo Raça Júnior. "Não teve mais volta. Eu sempre quis ser músico e me inspirava em meus tios e no meu avô materno que, aos fins de semana, reuniam-se para tocar", relembra. Mais tarde, quando entrou para o Exército Brasileiro, passou a fazer parte da banda do quartel. "Era meu sonho. Fiquei quatro anos lá e quando sai passei a receber vários convites. Fiz parte da Orquestra Cassino e Pura Cadência. Gravei com muitas bandas de rock, bailão, música gaúcha e chorinho. Fiz participações com Cupim na Mesa, Art Popular, Grupo Sensação, Délcio Luiz e Chrigor do Exaltasamba", comenta.
Quando morou em Mato Grosso, Edinho também fez parcerias com Ataíde & Alexandre, Milionário & José Rico e Alan & Aladim. "Lembro de tocar com Jorge Vercillo em uma turnê. Me marcou muito. Aquele momento provou para eu mesmo que eu era capaz. Eu poderia estar lá hoje, mas escolhi ficar perto da família. Viver de música aqui", conta.
Músico, mas também professor
Há sete anos, Edinho Nascimento também transmite aos demais tudo que aprendeu em sua trajetória. Ao tornar-se professor no Colégio Marista São Luís, o santa-cruzense passou a entender o quanto é feliz dentro de sala de aula. "Com a pandemia, comecei a dar aula em casa e de forma online. Me adaptei, comprei câmeras, usei equipamentos de som que eu já tinha. Hoje dou aula praticamente o dia todo. Ensino violão, ukulele, cavaquinho, percussão, teclado, canto, banjo e outros instrumentos", relata.
Por isso, um dos planos futuros do artista é abrir sua própria escola de música. "A partir de uma parceria com a Inside, vamos montar um estúdio de gravação e para aulas. Vou trabalhar ensinando crianças e adultos", comemora. O segredo? Não desistir. Acreditar e ter dedicação. "Sempre levei a música a sério e isso me trouxe para onde estou", diz.