Recomendação da enfermeira Denise Gabe, é que as visitas aos familiares respeitem os protocolos de saúde para preservar a vida dos pais e avós
Os idosos fazem parte do grupo que corre mais riscos de apresentar sintomas mais graves do coronavírus. Desde o início da pandemia, muitos precisaram se blindar em casas de repouso e se proteger da doença. Para saber mais sobre como estão acontecendo os encontros entre o idoso e o seu familiar neste período de distanciamento social, a convidada do Arauto Saúde desta semana é a enfermeira Denise Gabe, ela que é proprietária de uma casa de cuidados para idosos. Denise explica quais são as medidas adotadas para que o encontro seja seguro e protegido.
Desde março de 2020, o ano tem sido diferente. O “novo normal” restringiu o contato e intensificou o isolamento. Denise salienta que é necessário expor ao vovô e à vovó, todos os dias, a importância destes cuidados. “Precisamos explicar o porquê deles não poderem ir passear em casa. E é uma das coisas que eles mais sentiram até agora”, destaca a enfermeira.
Ela conta que os idosos estão sempre esperando que no mês seguinte as coisas vão melhorar e que eles vão poder passear em suas casas e visitar suas famílias, pois, na grande maioria, é o combinado. “Durante a semana eles ficam no lar e no fim de semana, tradicionalmente, eles passeiam na família. E desde o início da pandemia isso não foi mais possível”, esclarece.
Denise ressalta que na casa são obedecidos diversos protocolos e normativas, adaptadas à realidade do espaço. Por isso, as visitas costumeiras não estão acontecendo. “O que temos feito são visitas por agendamento. O familiar liga e marca um horário da semana”, salienta. Os trabalhos de cuidados com a saúde são realizados em conjunto com a família. “Deixamos bem cientes que se tiver qualquer sintoma gripal ou foi viajar para algum lugar, que sempre se priorize o cuidado, pois os idosos estão cem por cento em confinamento e é importante termos claro a nossa responsabilidade”, diz a enfermeira.
Os encontros acontecem na área externa da casa e o familiar é muito bem orientado quanto às condições em que ele pode fazer a visita. “Não pode tirar a máscara em momento algum e o contato corpo a corpo, o abraço não pode existir”, explica. No entanto, Denise enfatiza a importância do contato visual e da visita presencial entre o idoso e o familiar. “É angustiante eles não poderem se ver e mesmo sem poder dar um abraço, a visita presencial é muita boa para a saúde mental deles. Faz diferença no emocional”, frisa Denise.