Érico Barin diz receber com serenidade as manifestações de Rodrigo Vieira
Na última segunda-feira (28), a Justiça condenou a ex-vereadora de Santa Cruz do Sul, Solange Finger, e seu marido, Oscar Olinto Machado da Rocha, pelo crime de concussão, conhecido popularmente como “rachadinha”, prática em que um funcionário público exige vantagens indevidas de subordinados.
Na manhã dessa quarta-feira (30), a defesa da ex-vereadora se manifestou, contestando as acusações. O advogado de Solange, Rodrigo Vieira, afirmou que a condenação carece de provas sólidas. Segundo ele, as evidências no processo revelam um “emaranhado confuso de ambições e pretensões políticas, eleitorais, salariais e de cargos” por trás de denúncias feitas por algumas ex-assessoras.
Em resposta, o promotor Érico Barin comentou o caso em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News, nesta quinta-feira (31), e afirmou que recebeu as declarações da defesa com serenidade. “Não entendo o que pretende o advogado com esse tipo de fala ou entrevista, pois ele acaba expondo negativamente o trabalho que realiza e até mesmo os réus já condenados no processo”, frisa.
“Durante a entrevista, ele trata o tempo todo que ou é uma armação política, das assessoras que tiveram que devolver o dinheiro, ora é uma pretensão deste promotor. A minha pretensão política, o que chega a soar engraçado. Eu estou aqui desde 2016, então vocês imaginem o tamanho da minha pretensão política, que eu estou concorrendo a algo que nem eu sei, mas o advogado diz que seria isso”, acrescenta.
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Barin ressalta seu trabalho no Ministério Público de Santa Cruz do Sul há mais de sete anos, com investigações de corrupção, atuação na área ambiental, defesa do consumidor e urbanística. Ele diz não entender as alegações de Vieira sobre uma pretensão eleitoral e menciona que o advogado também desmerece o trabalho da juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca da cidade, Márcia Inês Doebber Wrasse.
“Para quem ouve o advogado de forma desatenta, fica a impressão de que um promotor, com supostas pretensões políticas, teria apresentado uma versão fantasiosa. Isso desmerece não só o meu trabalho, mas também o da juíza que julgou o caso”, pontua Barin.
O promotor também enfatiza o reconhecimento da população de Santa Cruz pelo trabalho do Ministério Público. “Posso até entender que conhece o meu trabalho e o judiciário. A comunidade não embarca nesse tipo de comentário e narrativa que se cria”, descreve.
Barin ainda revela que o Ministério Público pretende recorrer da sentença, por considerar que a pena imposta foi branda.
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