Médica infectologista Sandra Ines Knudsen, destaca situação epidemiológica da região e projeta próximos meses com a variante
Em um ano marcado pelo agravamento da pandemia, a notícia positiva ficou por conta da disponibilidade de vacinas para os brasileiros, que puderam garantir a sua imunização contra a doença. No Vale do Rio Pardo, as doses de esperança surtiram efeito, fazendo com que leitos de UTI ficassem novamente disponíveis e o número de casos, internações e óbitos despencassem consideravelmente. No entanto, com o avanço das variantes, é necessário que não se baixe a guarda, pois o vírus ainda continua impactando em nossa vida. Para falar mais sobre o estágio atual da pandemia e o futuro da doença na nossa região, a convidada desta semana do Arauto Saúde é a infectologista Sandra Ines Knudsen.
Conforme a médica, atualmente a região se encontra em uma situação relativamente tranquila, se comparada a meses anteriores, mas é necessário manter os cuidados. “A nossa região vive um momento tranquilo. Eu tenho um pouco de receio de falar isso, pois pode dar noção de que já passamos por tudo e que não corremos mais nenhum risco, mas não é bem isso que quero transmitir. Estamos vivendo uma época mais tranquila no número de casos, internações e leitos de UTI ocupados por pessoas com a doença, mas a gente tem que olhar para fora também, e algo que preocupa é a situação da Europa, que sempre sofria os picos da doença antes de chegar até nós. Não podemos baixar a guarda”, frisa.
Sobre a nova variante ômicron, Sandra revela que é necessário continuar a imunização, pois só assim será possível evitar uma disparada no número de casos. “A contribuição do povo estar vacinado é imensa. Tinha um cenário até fevereiro e março deste ano, e com o número de pessoas vacinadas aumentando paulatinamente, foram reduzindo o número de casos e internações. Isso é algo comprovado estatisticamente. No entanto, é fundamental adotar cuidados, como o uso de máscaras em ambientes fechados, o uso de álcool em gel e evitar aglomerações de grupos diferentes, que propiciam a contaminação de vários vírus. Além disso, façam as doses de reforço, pois a gente não sabe quanto tempo dura o efeito da vacina que nós fizemos”, destacou a médica infectologista de Venâncio Aires.