No terceiro episódio da série que mostra o caminho do tabaco, a transformação da matéria-prima em cigarro e palheiro
Depois de chegar à indústria e ser processado, o tabaco passa por outras transformações antes de virar o cigarro propriamente dito. Todas estas mudanças são feitas por máquinas, com pouca intervenção humana e sem contato com as mãos. Relembrando, o tabaco foi plantado, colhido, classificado e curado antes de sair do campo. Na processadora foi beneficiado e debulhado, separando o talo da folha. Agora é a vez do tabaco se transformar em cigarros, que serão distribuídos para todo Brasil e alguns países da América Latina, seguindo rígidos parâmetros de qualidade e padronização. “Dentro de cada cigarro temos uma engenharia. Cada cigarro tem o seu delivery que dissemos, que nada mais é do que aquilo que o consumidor vai querer em termos de sabor”, frisa Edson Ferreira, gerente de produção da Fábrica de Cigarros da JTI em Santa Cruz do Sul.
Alguns tipos de tabaco não podem ser produzidos, por diversas razões, no Brasil. Sendo assim, o tabaco processado em Santa Cruz é misturado a outros tipos, oriundos de todo o mundo, no Processo Primário, recém implementado pela JTI na Terra da Oktoberfest. Ali o fumo produto perde o aspecto de folha e se transforma em mistura para cigarros. “Processamos o tabaco de uma maneira que ele possa ser cortado, tenha uma homogeneidade, para que possa ser colocado dentro do nosso produto final, seja ele o cigarro convencional ou o artesanal. No Processo Primário, preparamos a receita com a fórmula para cada um dos nossos cigarros. O tabaco passa por diversas máquinas, ganha novamente umidade e outros produtos para auxiliar no processamento e no final teremos a mistura pronta para ser utilizada no nosso Processo Secundário”, explica Ferreira.
Depois de ser transformado e ganhar um novo aspecto, o tabaco segue por esteiras e tubulações para outro espaço, no qual será transformado no produto final. “No Processo Secundário, o cigarro ganha forma. O produto entra, recebe papel, filtro, produzido por nós mesmos, recorte, adesivo, membrana plástica, é encarteirado e encaixotado. Uma máquina produz o cigarro, outra embala e empacota ele e, por fim, mais uma que coloca o pacote dentro da caixa que sai pronta para a distribuição e venda ao consumidor final. É interessante percebermos que para se transformar em cigarro, desde o início do processamento, não há necessidade de contato com as mãos de pessoas. Isto faz com que tenhamos poucas variações no processo e mantenhamos a qualidade do produto final”, esclarece o gestor.
Na produção da fábrica da JTI em Santa Cruz, cada máquina tem uma capacidade de produtividade. “Cada máquina produz por minuto 8 mil cigarros, ou seja, 400 carteiras por minuto, dentro do mesmo padrão de qualidade. Temos todo um processo de checagem, para que no final possamos assegurar a qualidade e a padronização do produto final. Temos foco na tecnologia que entrega volume. No caso do palheiro, que também iniciamos a fabricação recentemente em Santa Cruz, a produção é entre três e cinco por minuto, em um processo completamente diferente”, destaca Edson.
Após uma análise de mercado, a JTI reafirma a vanguarda ao colocar no mercado o primeiro produto produzido artesanalmente entre as grandes empresas do ramo do tabaco. “Depois de muito estudo, decidimos montar uma linha de produção de palheiros em Santa Cruz. Este mercado está em crescimento na região sudeste e centro do país. O palheiro é produzido um a um, não há nada de automatização, para que possamos entregar o sabor de um produto único e feito com carinho. Temos um cuidado inclusive com toda a matéria-prima que também vem do campo, no caso a palha”, ressalta o responsável pela fábrica.
Depois de pronto e encaixotado, o cigarro, tanto o tradicional como o palheiro, é destinado através dos centros de distribuição da empresa. “Temos um CD aqui em Santa Cruz, no qual o produto fica armazenado até fechar uma carga. Daqui ele vai para nosso CD nacional, em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul, e de lá é distribuído para todo o Brasil”, conclui Edson Ferreira.
A série “Tabaco: da lavoura ao mercado” mostrou em três episódios como o tabaco se transforma de semente em produto final. Todas as matérias seguem disponíveis em vídeo no Portal Arauto e nas edições das três últimas sextas-feiras do Jornal Arauto. O conteúdo também pode ser conferido em podcast no site da Rádio Arauto.
Confira o vídeo:
Confira o programa em formato podcast:
Notícias relacionadas
Especialistas pedem mais vacinação contra aumento da dengue no verão
Situação é preocupante, diz presidente da SBI, Alberto Chebabo
Acesso Grasel estará bloqueado na manhã desta segunda-feira
Motivo será serviços de limpeza e roçada no trecho
A educação e o esporte como ferramentas de combate ao racismo
Estudante do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisc compartilha experiências no ensino superior
Temporada de verão inicia dia 20 de dezembro no Balneário Monte Alegre
Atendimento dos guarda-vidas será de quartas a domingos das 9h às 12h e das 13h30min às 18h30min