Mês mundial do Diabetes busca conscientização sobre prevenção, diagnóstico e cuidados

O mês de junho é voltado para a conscientização do Diabetes. O período reforça a importância de hábitos saudáveis para evitar a doença, que acomete mais de 537 milhões de adultos com idade entre 20 e 79 anos, representando 10,5% da população mundial nessa faixa etária. Os dados são da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

O Brasil é o sexto país em incidência de diabetes no mundo e o primeiro na América Latina – são 15,7 milhões de pessoas adultas com esta condição, e a estimativa é que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros.

Tipos

Entre os principais tipos de diabetes estão a tipo 1, tipo 2 e diabetes gestacional. “O do tipo 1 acontece por uma doença autoimune, em que o corpo para de produzir insulina, e os sintomas são excessivos, como fome, sede intensa, perda de peso, visão embaçada, infecções urinárias e genitais, dores no corpo", explica a médica endocrinologista, Dra. Andréia Klein. 

"O diabetes do tipo 2 é uma doença que mistura o hereditário com o ganho de peso e vai surgindo de forma mais lenta na vida. Em geral, quando se faz um diagnóstico por causa de tais sintomas, eles já existem há um tempo maior", destaca Klein. A profissional salienta que o diabetes tipo 2 é assintomático ou pouco sintomático. O pré-diabetes serve como alerta, sendo uma condição bem inicial, em que o nível glicêmico já não está normal e o diagnóstico é feito através do exame de hemoglobina glicada. Neste estágio, é importante que o tratamente seja feito para que a doença não avance. E o diabetes gestacional é aquele que aparece por causa da gravidez. “Em geral, são mulheres obesas, que têm história de pais com diabetes tipo 2 e que, por conta dos hormônios da gravidez, podem apresentar a glicose elevada", ressalta a médica. Essas mulheres devem buscar tratamento para evitar complicações para a própria saúde e a do bebê. 

Convivendo com a doença 

Os riscos do diabetes são vários, mas há formas adequadas de controlar a doença. “Todos os tratamentos para diabetes precisam de mudança de estilo de vida: primeiro plano, alimentar-se de forma saudável, nutricionalmente adequada. Aqueles que estão acima do peso devem buscar perder esse excesso", alerta Klein. A obesidade tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Estima-se que entre 80 e 90% dos indivíduos acometidos por essa doença são obesos

De acordo com a profissional, para conviver com a doença, é preciso monitoramento e educação. “É preciso fazer teste na ponta do dedo ou usar a medição da glicose continuamente para tomada de decisão, tanto para enxergar o efeito da alimentação, o efeito da parte emocional, da glicose no sangue, o efeito do exercício, dos remédios, da insulina. Monitorar o corpo é fundamental”, explica. 

Andréia ainda explica que, quando o diabetes está bem compensado, com parâmetros perto da normalidade, a chance de complicações crônicas é mínima. “Mas os que estão com a doença mal controlada e por muito tempo, podem ter complicações nos olhos – a doença é a maior causa de cegueira no mundo –, no coração e doenças arteriais periféricas”, finaliza a médica. 

Alimentação saudável, perda de peso para quem está acima do peso, muito exercício físico, tomar muita água, sono regulado e diminuição de estresse são fatores fundamentais que podem prevenir, por exemplo, a diabetes tipo 2.

Contato

A Dra. Andréia Klein atende em Santa Cruz do Sul no Centro de Oncologia Integrado do Hospital Ana Nery, e é responsável pelo atendimento aos pacientes com câncer de tireoide. Também atende na Clínica Saint Gallen, que está localizada na Rua Marechal Deodoro, 1139, no Centro. No Instagram, também é possível acompanhar o trabalho da profissional, com dicas sobre a especialidade de endocrinologia, no perfil @draandreiaklein.endocrino.