Região

Com a parada da compra de tabaco, R$ 50 milhões deixam de circular diariamente na economia

Publicado em: 30 de maio de 2018 às 12:26 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 09:41
  • Por
    Guilherme da Silveira Bica
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Banco de Imagens/SindiTabaco
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    Os prejuízos também se somam às horas paradas de cerca de 10 mil trabalhadores

    Representantes das empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 30 de maio, para avaliar os prejuízos causados com a paralisação dos caminhoneiros. Desde o início da semana, praticamente todas as empresas estão com o processo parado devido à falta de insumos para operação de caldeiras e empilhadeiras como o gás GLP, óleo combustível e lenha. Os serviços terceirizados de transporte e de alimentação dos trabalhadores também estão comprometidos devido à falta de diesel, gás e alimentos.

    No processo de compra da matéria-prima, o tabaco cru, a estimativa é de que R$ 50 milhões ao dia estão deixando de circular devido a não comercialização do tabaco. Há ainda uma preocupação com o produto que está nos caminhões e que pode ter sua qualidade prejudicada pela temperatura e umidade. Com relação às exportações, até o momento cerca de US$ 60 milhões deixaram de ser embarcados. Os prejuízos também se somam às horas paradas de cerca de 10 mil trabalhadores.

    Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, a retomada do trabalho nas empresas dependerá do fornecimento dos insumos essenciais para o processo. Enquanto isso não acontece, além dos prejuízos já mencionados, o setor teme outros reflexos futuros. “O processo e os embarques parados podem comprometer a expectativa de exportação de tabaco durante o ano e afetar clientes internacionais, devido ao não atendimento do cronograma de entrega, além de favorecer países concorrentes. Por outro lado, há ainda a preocupação com a entrega de insumos da nova safra, o que pode afetar o início da produção de mudas nos canteiros”, avalia o executivo.