Comércio

Vendas de Natal devem ser positivas, aponta presidente da Fecomércio

Publicado em: 29 de outubro de 2024 às 11:02
  • Por
    Kássia Machado
  • Foto: Daiana Kaulfuss/Grupo Arauto
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    Carlos Bohn também destaca que o Rio Grande do Sul deve ter um crescimento no PIB entre 1,5% e 2,5%, impulsionado pelo aumento de 14% no setor agropecuário

    Faltando menos de dois meses, uma das datas mais esperadas pelos comerciantes deve movimentar a economia após as enchentes de maio. Apesar de ainda não haver uma estimativa oficial sobre o valor a ser injetado no mercado no período natalino, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn, destaca que as projeções são positivas.

    “Estamos observando um crescimento gradual. É claro que as pessoas estão mais cautelosas; algumas ainda enfrentam dificuldades para adquirir utensílios, e nem todas voltaram para suas casas”, salienta Bohn, lembrando das famílias que seguem afetadas pelas fortes chuvas de maio. Segundo ele, aproximadamente 1.500 pessoas ainda estão fora de suas residências na região metropolitana.

    De acordo com Bohn, o Rio Grande do Sul deve ter um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) entre 1,5% e 2,5%, impulsionado pelo aumento de 14% no setor agropecuário. “Nosso principal motor ainda é o agronegócio. Aqui em Santa Cruz, por exemplo, o tabaco faz parte desse setor. É uma região considerada próspera, embora existam áreas com muitas carências. Ainda assim, as expectativas são grandes”, destaca.

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    Endividamento das famílias recua

    Outro fator que pode contribuir para o aumento das vendas natalinas é a queda no endividamento das famílias brasileiras. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas a vencer recuou para 78% em agosto de 2024, abaixo dos 78,5% registrados em julho, mas ainda acima do índice de 77,4% observado em agosto do ano passado.

    Em relação à inadimplência, o percentual de famílias com dívidas em atraso permaneceu estável em 28,8% pelo terceiro mês consecutivo, um pouco abaixo do índice registrado em agosto de 2023. No entanto, o percentual de famílias sem condições de quitar suas dívidas atrasadas subiu para 12,1%.