As mãos têm múltiplas funções: pedir, prometer, acariciar, comandar, absolver, perdoar, aplaudir, construir, trabalhar, escrever
As mãos têm múltiplas funções: pedir, prometer, acariciar, comandar, absolver, perdoar, aplaudir, construir, trabalhar, escrever.
Jesus usou as mãos para amparar Madalena, David usou-as para matar Golias. Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com mãos vermelhas. Judas usou suas mãos para enforcar-se.
As mãos podem construir e destruir, ajudar e punir, acariciar e roubar, trabalhar e jogar. Elas atiram beijos ou pedras, flores ou bombas, sementes ou fogo. As mãos criam salva-vidas e canhões, remédios e venenos, bálsamos e instrumentos de tortura. Elas cobrem os olhos para não ver e protegem a vista para ver melhor. Para os cegos, as mãos são os olhos.
As mãos levaram o homem ao fundo do mar como os peixes e ao céu como os pássaros. A mão foi o primeiro prato e copo, a primeira almofada, arma e linguagem. Esfregando ramos, as mãos criaram fogo. A mão aberta mostra bondade; fechada, mostra força. Ela empunha espada, pena e cruz, modela mármore e bronze, pinta telas e dá forma à beleza. No trabalho, cria riqueza; nos afetos, conforta e protege.
Um aperto de mão pode ser confissão de amor, pacto de amizade ou juramento de felicidade. O noivo pede a mão da amada para casar; Jesus abençoava com as mãos; as mães protegem os filhos com elas. Nas despedidas, a mão acena o lenço no ar. Com as mãos limpamos nossas lágrimas e as dos outros.
No início e no fim da vida, as mãos prevalecem. Ao nascer, as mãos maternas seguram o bebê. Na morte, as mãos dos amigos conduzem o corpo e as dos coveiros nos enterram.