“O tabaco é uma paixão para a gente”, exalta a produtora Taciele Gehrke

Uma cultura que atravessa gerações e garante o sustento de milhares de pessoas na agricultura cativou Taciele Gehrke a se tornar produtora de tabaco. E nesta segunda-feira (28), pode celebrar a data que valoriza esses trabalhadores que carregam e impulsionam a economia da região. Produtora desde os 18 anos e filha de produtores, Taciele mora em Linha Cipriano de Oliveira, interior de Vera Cruz, e demonstra orgulho pelo que faz. Ela e o marido, Fábio, casaram em 2013 e desde então mantêm outra união de sucesso, com a BAT Brasil, para a qual são produtores integrados e fazem questão de caprichar numa propriedade que é modelo. São 4,8 hectares dedicados ao plantio de tabaco do tipo Virgínia, num cultivo que chega a 80 mil pés. Mas além dele, a vegetação nativa, o eucalipto, a horta, os açudes, e a criação de animais para o consumo da família tornam o espaço diversificado e completo.

É com a produção de tabaco que o casal, que tem a pequena Alice, de quatro anos, como herdeira, conquistou tudo. E não se trata apenas do patrimônio material, com uma ampla propriedade e moradia confortável, veículos ou outros bens. Foi com as sucessivas safras que Taciele se formou em Matemática e Fábio em Engenharia Agrícola. E dessa forma, a família busca sempre evoluir, no conhecimento e na qualificação do que fazem, buscando novas tecnologias, para o trabalho “não ser só uma simples planta de tabaco”, resume ela, mas todo o significado e relevância que a produção traz consigo. “A gente tem uma filha de quatro anos, a gente tira o sustento da família com o tabaco“, completa.

DESDE 2013, TACIELE E O MARIDO SÃO PRODUTORES INTEGRADOS À BAT BRASIL | GRUPO ARAUTO

Também por isso, a vera-cruzense reconhece que como mulher, sabe ocupar um papel de destaque e protagonismo na família e na propriedade. Taciele ajuda no gerenciamento da safra e atua em todas as etapas do processo, desde o plantio. E lado a lado com Fábio, a professora de formação e produtora por vocação vê o negócio prosperar. “O tabaco é uma paixão para a gente, uma coisa que a gente gosta, sempre convivi no meio do tabaco e é difícil sair. Tivemos várias oportunidades e resolvemos ficar. Porque mexer com planta, com solo, a terra, a gente gosta. Tabaco é isso, tem que gostar do que faz, fazer com carinho, com amor e ver a plantinha crescer é muito gratificante“, sublinha.

Para ser produtora de tabaco hoje, ressalta Taciele, é preciso ter amor pela cultura, pelas plantas, e ter um dia que representa a categoria é motivo de orgulho. “Cada passo que tu vai dando é uma grande conquista. São mais de 10 anos dessa dedicação e a cada ano tentamos evoluir”, completa.

Para uma safra ter sucesso, a produtora dá a receita: “50% para uma boa safra está no preparo do solo”, revela. Claro que o clima, como em qualquer atividade agrícola, precisa ajudar. Mas a parte que compete aos produtores, ela e o marido fazem. Investiram em irrigação para combater os dias mais secos, preparam bons camalhões e não esquecem da palhada para a cobertura do solo, uma aliada nos dias de calor e na chuvarada, preservando a terra e seus nutrientes.

Ainda, a propriedade conta com duas estufas elétricas para facilitar o trabalho e placas solares, de olho na redução da energia elétrica e na sustentabilidade do agronegócio. Com o apoio e assistência técnica da BAT, também na área da pesquisa, o ciclo se completa, e “temos essa via de mão dupla, numa verdadeira parceria”, frisou a professora de Matemática, que deixou a sala de aula para se dedicar integralmente à vocação de produtora de tabaco, e nesta segunda-feira comemora seu dia.