Diretor Junior Bohn conversou com o jornalista Maiquel Thessing e falou sobre os projetos para o futuro
O diretor da FB Net, Junior Bohn, oriundo de uma família ligada à produção de leite e plantação de fumo, compartilha sua trajetória de produtor rural a empresário da tecnologia. Desde os 14 anos, o desejo de trabalhar com tecnologia o impulsionou a ingressar em um curso de eletrônica por correspondência. O ano de 2006 marca o início da FBnet, antecipando a crescente demanda por internet na região. Inicialmente, a infraestrutura via rádio foi implementada. A visão empreendedora de Bohn foi evidenciada com a aquisição da participação do sócio original, impulsionando um período de crescimento acelerado.
“Estava lá, trabalhando na roça com meu pai, lavrando a boi ainda naquela época, que não se tinha o trator, nada. O meu sonho era trabalhar com tecnologia e a porta de entrada que eu vi, a única que existia na época, era eletrônica. Então, acabei fazendo um curso da época, que era um curso de correspondência de eletrônica, quase como se fosse um EAD hoje. Depois que terminei o meu curso de eletrônica, fui para a cidade procurar emprego e acabei sendo contratado por uma loja de informática na época para consertar impressoras. E, assim, fui evoluindo dentro da estrutura”, recorda.
Bohn reflete sobre as transformações, mencionando a transição para a fibra ótica como um marco. Apesar de reconhecer que o investimento poderia ter ocorrido mais cedo, o diretor destaca o compromisso em constante evolução da FBnet. A empresa, agora consolidada, atende 16 municípios, oferecendo suporte técnico centralizado em Venâncio Aires, com bases técnicas em Teutônia, Estrela e Lajeado para atender eficientemente aos clientes. “Municípios menores, como, por exemplo, Fazenda Vila Nova, não tem necessidade de ter um técnico porque Teutônia fica pertinho”, explica.
Ao abordar as dificuldades enfrentadas no setor, Bohn destaca o complexo cenário tributário brasileiro como um desafio. Para ele, alta carga tributária cria obstáculos para a oferta de preços mais acessíveis aos consumidores. Outro desafio crítico apontado por Bohn é a mão de obra. “Tem material humano aqui, mas o que falta é achar as pessoas corretas. Dentro do setor de tecnologia, você tem que gostar do que você faz. Não existe um programador de desenvolvimento de software que vai lá, faz uma faculdade e está tudo certo. Tem que estudar todo dia, porque as coisas mudam, a tecnologia muda”, coloca.