Luiza Adorna
Portal Arauto
15 fuzis e 21 pistolas foram encontrados em residência no Bairro Avenida
A Polícia Civil, através da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), apreendeu, na manhã desta sexta-feira (27), em Santa Cruz, 15 fuzis, 21 pistolas e diversas munições 762 e 556. As armas estavam em uma residência da Rua Samuel Pinto Cortês, no Bairro Avenida. Além disso, dois fuzis desmontados também foram encontrados. No total, são R$ 3 milhões em apreensão.
Trabalharam na apreensão os delegados Luciano Menezes e Marcelo Chiara, além de inspetores de Santa Cruz do Sul. De acordo com eles, esta é a maior apreensão de armas que já aconteceu no Rio Grande do Sul. "Não imaginávamos encontrar aqui um arsenal que faz inveja nas operações das favelas do Rio de Janeiro", disse Menezes. Dentre os fuzis, estava o 762, pertencente a Antônio Marco Braga Campos, conhecido como Chapolim, maior traficante do Estado. Segundo a polícia, o fuzil era o "xodó" do criminoso.
Um jovem de 26 anos foi preso na ação por armazenar as armas em sua casa. O jovem é natural de Cachoeira do Sul, estuda Engenharia Civil na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e recebia R$ 10 mil para guardar os fuzis. O material estava no forro do telhado da residência.
A investigação da facção Os Manos em Santa Cruz iniciou em 2013. De acordo com o delegado Menezes, a polícia já estava há 24 meses atrás desse arsenal. "Por saber da investigação, os criminosos tiraram o armamento das vilas e trouxeram para a área central da cidade. Arrebentamos a quadrilha no meio", destaca.
De acordo com os delegados, os fuzis foram utilizados nos recentes ataques em Santa Cruz do Sul. Relembre:
Casa é alvejada com tiros de fuzil no Centro de Santa Cruz
Prédio é alvejado por disparos de fuzil no bairro Goiás
Crime hediondo
A alteração na legislação que torna crime hediondo o posse ilegal de armas restritas, como fuzil, foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta e, entra em vigor imediatamente. Na prática, o universitário pode responder por este crime.
Confira a entrevista do delegado titutal da Defrec, Marcelo Chiara:
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