No aniversário do município, relatos de pessoas que tem amor pela vida em comunidade
Para ser feliz, eles não precisam de muita coisa. Basta acordar todos os dias e admirar as lindas paisagens que só o interior proporciona, ou ouvir o barulho das aves, dos animais e dos riachos. Ou ainda, ver a felicidade da criançada jogando bola, as tradiconais rodas de carteado e jogos de loto, e o sorriso daqueles que passam pelas estradas de paralelepípedo e chão batido, cumprimentando os vizinhos e chegando nos comércios. Assim é a vida no interior de Santa Cruz do Sul: tranquilidade e simplicidade, e é lá que o Seu Mauro, a Dona Elia, o Seu Lauri, a Dona Claudete e o Seu Ari e a Dona Valeria, moradores de cinco localidades onde o Portal Arauto fez a sua parada, querem ficar para sempre.
Foram mais de 100km percorridos para homenagear os 141 anos dessa cidade de um povo acolhedor e hospitaleiro, que cultiva fortemente as tradições em cada localidade, seja através da língua alemã, dos jardins floridos, campos verdes, mas acima de tudo, do espírito comunitário, presente nas festas de sociedade e quermesses, que permanece vivo entre os moradores e o orgulho de pertencer ao interior do município.
Lá em Rio Pardinho, a cerca de 16km de Santa Cruz, onde o Seu Mauro Armando Scherer mora há 27 anos, a comunidade se reúne para qualquer tipo de atividade. Para ele, morar no interior ainda é tudo. "Dou muito valor para o interior porque aqui posso criar porco, galinha, fora as amizades que a gente constrói, isso não tem preço", afirma.
Entre o seu jardim florido e a sua horta com as verduras e legumes, está a Dona Eva Elia Rabuske, de 73 anos. Moradora da localidade desde que nasceu, que fica cerca de 10km de Santa Cruz, ela se orgulha de pertencer ao interior. "É mais tranquilo, tem ar puro, é muito bom", salienta.
Do outro lado, encontramos a aproximadamente 28km da cidade, o terceiro distrito de Santa Cruz: Monte Alverne. Comerciante e morador da localidade há 28 anos, Lauri Storch destaca que morar no interior, é ter qualidade de vida. "Tantas pessoas procuram hoje por qualidade de vida, e existem diversas formas, mas é no interior que se encontra", considera.
Em uma estradinha estreita a cerca de 20km da cidade, e ao som do riacho, chegamos em São Martinho, na casa da Dona Claudete e do Seu Ari Naue, onde a simplicidade faz morada. "A gente vive em uma tranquilidade, quando a gente sai para passear e volta para casa, percebemos que aqui é o nosso lugar", ressalta.
Finalizamos o nosso trajeto em uma comunidade localizada aproximadamente 38km de Santa Cruz. Lá, encontramos a Dona Valéria Barbian na localidade onde nasceu, cresceu, e permanece até hoje: Linha Saraiva. Para ela, que cuida de um bar e mini mercado, o bom de morar no interior é poder estar sempre em contato com as pessoas. "Para mim, não tem lugar melhor do que aqui", analisa.
Confira o vídeo:
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