Conforme a Conab, para 2025 a expectativa é que esse volume total se mantenha estável
A produção de carnes bovina, suína e de aves está estimada em torno de 31,57 milhões de toneladas em 2024. O resultado estimado para o ano anterior é o maior nível já registrado na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e é influenciado pelo auge do abate no processo do ciclo pecuário. E para 2025, a expectativa é que esse volume total se mantenha estável, com uma produção total das três proteínas em 31,56 milhões de toneladas, com incremento na produção de carne suína e de aves. É o que mostra o quadro de suprimento do produto atualizado, nesta segunda-feira (27), pela estatal.
A produção de suínos segue crescendo e ultrapassa as 5 milhões de toneladas desde 2022. Só no ano passado, foram produzidas cerca de 5,36 milhões de toneladas, maior volume já registrado. Este aumento possibilita uma maior venda ao mercado externo. Além disso, foram embarcadas 1,32 milhão de toneladas, um novo recorde para o país. Países como Filipinas (+100%), Chile (+29%), Japão (+131%), Cingapura (+23%) e México (+51%) têm aumentado o percentual de participação entre os principais compradores da carne suína brasileira.
Cenário semelhante é esperado para 2025. A expectativa é que o volume de carne suína produzida seja ainda maior, com uma projeção de crescimento em 3,1%, podendo chegar a 5,53 milhões de toneladas. O panorama é semelhante para a produção de aves. Com os maiores níveis de produção esperados para o fechamento de 2024, estimado em 15,31 milhões de toneladas, as vendas ao mercado externo registraram leve alta chegando a 5,16 milhões de toneladas.
Para 2025, as boas expectativas se mantêm no mercado de aves. A produção tende a crescer novamente, estabelecendo um novo recorde em torno de 15,66 milhões de toneladas. O cenário para as exportações também é positivo, com uma projeção de crescimento de 2,9%, estimada em 5,31 milhões de toneladas.
No caso da carne bovina, 2024 foi marcado pelo auge dos abates característico do ciclo pecuário. Com isso, a produção atingiu 10,91 milhões de toneladas, a maior já registrada pela Companhia. Os embarques cresceram em relação a 2023, saindo de 3,03 milhões de toneladas para 3,78 milhões de toneladas. A China continua sendo o maior consumidor, com participação de 46%, seguida dos Estados Unidos com 8% e dos Emirados Árabes Unidos com 4,6%. Estes dois últimos países, respectivamente, aumentaram em 52% e 72% os volumes embarcados do Brasil, em relação a 2023.
Em 2025, a tendência é que haja o início da reversão do ciclo, com a retenção de fêmeas pelos criadores. Com isso, a estimativa é que a produção seja menor que a registrada no ano anterior, estimada em 10,37 milhões de toneladas. Ainda assim, este é o segundo maior volume de produção já registrado no quadro de bovinos, atrás somente de 2024.
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