Diretor e servidores são afastados de penitenciária onde detento foi morto

Cinco servidores foram afastados do Complexo Prisional de Canoas. A informação foi anunciada na tarde dessa segunda-feira (25), em coletiva no Palácio Piratini, dois dias após um detento ter sido morto a tiros em uma unidade. A vítima teria escrito uma carta em que alertava ser alvo de um plano de execução.

O morto tinha 41 anos e o autor dos disparos foi identificado como um homem, de 36 anos. O ataque ocorreu na triagem da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 3).

Foram afastados dois supervisores, o chefe de segurança, o funcionário responsável pela segurança da galeria no momento do crime e o diretor da casa prisional. De acordo com o governador em exercício, Gabriel Souza, a medida é preventiva.

Ainda conforme Souza, mais de 500 policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Comando de Choque da BM foram designadas para reforçar a segurança em ruas de Porto Alegre. Também entrou em vigor a determinação de três revistas diárias na Pecan 3, assim como varreduras em outras casas prisionais.

Gabriel Souza também confirmou que um dos servidores afastados teria recebido uma carta da vítima. No manuscrito, o preso antecipava ser alvo de um plano de execução. O agente teria entregue a carta ao advogado do detento. A inteligência da Polícia Penal também estaria ciente da informação.

Na mesma data do crime, por volta das 3h, ocorreram buscas no estabelecimento. Foram encontradas drogas ali, mas não armas. O assassinato ocorreu horas depois, próximo às 18h.

Uma pistola 9 milímetros, de uso restrito, foi apreendida. A suspeita é que a arma tenha sido enviada por drone. O principal investigado foi transferido à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), no domingo, após o indiciamento em flagrante por homicídio.

Ele deverá passar no mínimo dez dias em isolamento preventivo. Além dele, outro detento da Pecan 3, que estava na mesma cela, também foi enviado à Pasc.