Polícia investiga mulher que criou perfis falsos na internet e fez postagens, inclusive com ligação à prática sexual
Escrever inverdades, difamar alguém e criar perfis falsos na internet são crimes. A pena é detenção, além de multa. E tem gente que já trabalhou em Vera Cruz que pode ser penalizado por estes crimes. Desde março, quando a primeira denúncia chegou ao conhecimento da Delegacia de Polícia, a investigação está sendo feita. Em junho, mais um caso foi registrado. Mas o grande passo foi dado nesta semana, quando a suspeita foi ouvida. Ela admitiu ter criado contas na rede social Facebook e alegou vingança.
O delegado Paulo César Schirrmann, responsável pela Delegacia de Polícia de Vera Cruz, detalhou postagens que a autora realizou. Entre elas, a de convidar pessoas para relações sexuais dentro de uma secretaria municipal. A mulher criou um fake (perfil falso), utilizando o nome de uma pessoa e a foto de outra. Através dele, enviava publicações e mensagens fechadas a “amigos”. Alguns a respondiam. Outros entraram em contato pessoalmente com quem estava tendo seu nome relacionado àquela imagem e avisaram sobre o crime virtual. A denúncia foi feita.
Além da criação deste perfil, a mulher também deu vida a um segundo fake. Esse, de um secretário municipal de Vera Cruz. Por se tratar de investigação, a Polícia Civil pediu sigilo na divulgação dos nomes. Apenas confirmou que, em depoimento, a autora declarou que neste perfil não escreveu postagens, tampouco enviou mensagens. Disse apenas que enviou solicitação de amizade a possíveis amigos.
PARA CHEGAR À AUTORA
Com o registro das ocorrências, a Polícia Civil de Vera Cruz solicitou ao Poder Judiciário que encaminhasse o pedido de quebra de sigilo de comunicação. O Facebook enviou o relatório à justiça, que, por sua vez, remeteu ao delegado Paulo César Schirrmann. Com os dados em mãos, foi possível identificar de onde partiu a criação dos perfis: do interior de Rio Pardo. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido e recolhido um notebook, da marca Semp, e um telefone celular, da Samsung, ambos de propriedade da mesma pessoa. O material será encaminhado para perícia, mas os policiais afirmam já existir provas técnicas suficientes que apontam a autora do fato.
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