Com onda de assaltos, comunidade do interior de Rio Pardo clama por segurança

Casas arrombadas. Assaltos à mão armada e violência nas ações. Os bandidos parecem estar concentrados na região de Rincão Del Rey, pertencente ao município de Rio Pardo. Pelo menos é isso que demonstram os relatos dos moradores que, cansados com a situação, protestaram na manhã desta quinta-feira (26). Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação.

De acordo com o morador Gabriel Fernando Gassen, a comunidade quer e precisa de segurança para poder voltar a viver em paz. “Queremos uma atitude do poder público. Contávamos com policiamento que foi retirado por motivos obscuros. Precisamos dar voz à população. Todos estamos dispostos a falar. Nossa comunidade está esquecida”, relata.

Eliane Terezinha, professora, teve sua casa arrombada e agora vive dias de preocupação. “Cheguei e estava tudo revirado. A televisão e diversos pertences foram levados. Pensei que tinha alguém no quarto. Estamos apavorados, pois temos crianças”, diz. Assim como ela, Celso Luis Limberger, proprietário do Supermercado Limberger, alvo de assaltos, narra a tensão na qual passa as semanas. O estabelecimento foi arrombado três vezes em seis meses e assaltado duas vezes a mão armada. “Pessoal não sabe mais se vem aqui. Estamos todos inseguros. Os bandidos oscilam os horários, se revezam e estão organizados. Está muito difícil”, fala.

Limberger salienta ainda que não há presença da polícia no distrito. “Não sabemos o que aconteceu”, aponta. No último assalto, os criminosos foram mais violentos e a marca de uma coronhada ainda pode ser vista na cabeça de um funcionário.

“É simplesmente medo”

Gilson Petry Glashorester, diretor da EEEF Barão do Triunfo, comenta que se entristece ao ver a comunidade preocupada, com medo de sair de casa. “Ontem uma mãe esteve na escola contando os momentos de terror que passou com as duas filhas no assalto ao supermercado. Ela esteve sob a mira de um revólver enquanto as meninas observavam tudo”, lamenta.

De acordo com ele, as pessoas estão sendo alvo de crimes em plena luz do dia. “Teve um assalto em um restaurante ao meio dia. Você vai almoçar e não sabe se não vai acabar refém de um bandido”, diz. Glashorester se preocupa ainda com a escola. “O pátio é grande, o acesso é fácil. Não ter polícia piora a situação. É simplesmente medo”, destaca.

O prefeito Rafael Barros esteve no local e declarou que está cobrando atitude da Brigada Militar. Confira a entrevista com o gestor:

Comunidade pede por polícia: