REGIÃO

Operação desarticula grupo criminoso de Candelária responsável por extorsões

Publicado em: 26 de setembro de 2024 às 09:07
  • Por
    Portal Arauto
  • Foto: Polícia Civil
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    Envolvidos praticavam o chamado golpe dos nudes, que fazia vítimas na região metropolitana de Porto Alegre

    A Polícia Civil deflagrou, nessa quarta-feira (25), a Operação Desfecho. O objetivo da ofensiva é combater uma uma associação criminosa oriunda de Candelária, dedicada à prática de extorsões, através da modalidade conhecida como golpe dos nudes, que fazia vítimas na região metropolitana de Porto Alegre. Até o momento, oito pessoas foram presas temporariamente.

    A ação contou com o apoio de agentes da Delegacia de Polícia de Candelária e da Polícia Penal de Santa Cruz do Sul. Ao todo, cerca de 25 policiais cumpriram as ordens judiciais em Venâncio Aires, Vale Verde e Candelária.

    Conforme a Polícia Civil, a investigação teve início a partir do registro de uma ocorrência policial de suicídio, em setembro de 2023. Na ocasião, a vítima deixou uma carta, informando não mais conseguir conviver com as supostas dívidas.

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    No dia seguinte à morte da vítima, a filha registrou uma ocorrência policial informando que seu pai estaria sendo vítima de extorsões, tendo em vista que localizara mensagens suspeitas no aparelho telefônico de seu pai, que estava escondido em uma gaveta do armário. Além disso, foram localizadas fotos de diversos comprovantes de transações bancárias que foram feitas em nome de duas mulheres, que integram o grupo criminoso.

    Ao longo da investigação, os agentes comprovaram que todos os indivíduos que se beneficiavam dos valores extorquidos eram apenados ou familiares destes, os quais faziam desta modalidade de golpe um meio de vida. Os investigados procuram um perfil de vítima bem delimitado e, em regra, são homens na faixa etária em torno de 50 anos e sem antecedentes policiais.

    O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, Delegado Cristiano Reschke, detalha que a desarticulação de esquemas como esse é prioridade. “Não podemos fechar os olhos para a violência psíquica, pois ela é permanente, causa danos irreversíveis ou traumas que tem o condão de remodelar a vida das vítimas, que passam pela vergonha e medo. Essa violência psicológica a que criminosos sujeitam as vítimas em crimes de ameaças e extorsões tendem a levar a desfechos trágicos como o que gerou essa investigação. Não é admissível que cidadãos livres sejam vítimas de tamanha agressão por quem está preso. A operação de hoje foi exitosa e segue para identificar outros envolvidos”, afirmou.