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“Queremos ser o terceiro município turístico do Brasil”, afirma prefeita de Santa Cruz

Publicado em: 26 de setembro de 2022 às 13:44 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 09:59
  • Por
    Ricardo Luis Gais
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Ricardo Gais/Portal Arauto
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    Em entrevista, Helena Hermany destaca o desenvolvimento do município e quais os próximos passos para um futuro próspero

    A principal cidade do Vale do Rio Pardo, com mais de 130 mil habitantes e com uma economia pujante em diversos segmentos, Santa Cruz do Sul celebra neste 28 de setembro 144 anos de muita história e transformação. Em entrevista ao Grupo Arauto de Comunicação, a prefeita municipal, Helena Hermany (PP), destacou os próximos passos para o município continuar neste caminho de evolução como em turismo, educação e tecnologia.

    A prefeita inicia destacando um ponto importante para governar Santa Cruz: a parceria com a comunidade. Ela considera que este engajamento da população, entidades, secretarias, clubes de serviço, imprensa e outros são fundamentais para os trabalhos darem certo. “Na nossa cidade temos muitas pessoas que não são envolvidas com política, mas estão no nosso conselho de voluntários e contribuem muito para o desenvolvimento do nosso município. Então aqui em Santa Cruz, quando a gente lança um desafio a comunidade participa, isso da uma tranquilidade para o gestor”.

    Ela também elenca o desenvolvimento da estrutura da cidade com a chegada de novas empresas e empreendimentos habitacionais. “Isso gera uma preocupação com a mobilidade urbana, por isso, estamos fazendo o anel viário que começa pela Linha Áustria, passa a Travessa Dona Leopoldina segue a Bruno Pritsch e chega ao Arroio Grande. Vai ser uma estrada muito importante pras pessoas daquela região como Linha João Alves”. Ainda sobre mobilidade, a prefeita lembra sobre a construção do viaduto no Arroio Grande. “Essa estrutura vai desafogar o trânsito. Aqui temos um índice muito grande de automóveis, são cerca de sete carros para cada 10 habitantes, maior que a Capital. Precisamos ter um olhar pra isso, pois quanto mais o município cresce, mais infraestrutura se precisa como escolas, mobilidade, saúde e equipamentos sociais. Temos que ter um olhar para que as pessoas possam viver bem aqui”.

    Investimento em tecnologia 

    Uma cidade em constante transformação e que visa acompanhar as tendências urbanas mundiais deve estar atenta às novas tecnologias. Conforme a prefeita, o município busca investir muito na área da educação com a modernização das salas de aula, para que os alunos já se envolvam neste mundo tecnológico. “Estamos vendo essa grande transformação. O mundo é digital, temos que preparar o nosso jovem para esse mundo em que ele vive e vai enfrentar quando chegar ao mercado de trabalho. Colocamos nas escolas todo tecnologia possível, para que eles já se acostumem com isso. Foram mais de R$ 16 milhões investidos no ano passado. Agora vamos colocar internet no interior para que o jovem de lá também consiga ter acesso a isso, e vejo isso como o grande diferencial nos dias atuais. Precisamos fazer com que todos estejam prontos pra enfrentar o mundo amanhã e esse é o maior desafio: qualificar nosso jovem onde ele tenha oportunidade”.

    Mais turismo para Santa Cruz

    Outro ponto considerado fundamental para a prefeita de Santa Cruz é o turismo. Para ela, o munícipio tem capacidade para se tornar a terceira cidade mais turistica do país. “No aniversário de Santa Cruz vamos lançar uma novidade muito legal e queremos nos tornar a terceira cidade mais turística, atrás apenas de Gramado e Rio de Janeiro. Por isso, vamos precisar de um envolvimento muito grande da nossa comunidade, que abraçe forte a ideia para que isso aconteça”, destaca.

    A pandemia também influenciou na forma das pessoas fazerem turismo, voltando seus olhares para o que é da região. “Ficou um turismo mais do interior. Observamos que as pessoas ficam com muita vontade de ir para o interior e valorizar o que tem, suas preciosidades, seus talentos, e para realmente usarmos o potencial do município, temos que aproveitar Santa Cruz em tudo”, elenca.

    A prefeita como cidadã 

    A prefeita de Santa Cruz nasceu na Terra da Oktoberfest e se criou na Rua Fernando Aboot esquina com a Coronel Brito. Quando criança fazia fogueira com seus amigos no meio da rua e viu diante de seus olhos a cidade crescer. “Meu tio Edmundo Hoppe, que era prefeito quando eu era criança, me falava sobre política quando estava na casa dele, mas nunca se passou pela minha cabeça que um dia eu poderia ser prefeita. Depois o meu tio de coração, o Arno, também teve essa vivência na política e acredito que por isso eu levo isso com muita naturalidade. Eu levo meu trabalho com muita seriedade e responsabilidade. Por isso eu sempre digo, todos os prefeitos que passaram por aqui fizeram o seu melhor pela cidade e cada um contribuiu para que Santa Cruz seja o que ela é hoje e, eu também quero deixar um legado bonito e deixar coisas boas para o futuro”, disse.

    Pedido especial

    Durante a entrevista, a prefeita Helena fez um pedido especial para os munícipes: que cada munícipe plante uma árvore na frente de sua casa, na calçada ou no pátio. “Esse desenvolvimento todo é importante, prédios novos, fachadas lindas, mas muitas vezes, é tirada aquela árvore e depois não é reposta. Eu fico triste quando passo nas ruas e vejo uma quadra inteira sem alguma árvore. A espécie Extremosa é a árvore símbolo da cidade, no entanto, com desenvolvimento urbano, algumas morreram. Temos que recuperar elas. Por isso, estamos fazendo plantações de árvores e flores em toda nossa cidade. Para mostrar que a cidade é bonita e acolhe as pessoas. Este é um pedido da prefeita para os 144 anos de nosso munícipio”.

    Sobre o apreço pelas flores, a prefeita Helena conta que esse sentimento vem de sua mãe, que tinha todo tipo de flor. “Eu trago isso de berço. Indo para Gramado, o que tem de bonito lá? É o capricho, as flores, a cidade organizada e as pessoas colaboram. Isso é outra coisa que eu peço para o comércio, vamos encher com mais flores o canteiros e que as pessoas reguem as plantas. A gente tem uma equipe, mas nem sempre vão dar conta de tudo. Quem faz a cidade não é a prefeita e sim as pessoas”, finalizou.