Enfermeiro Fernando Wegner conta como a doença afetou a vida do filho Rodrigo
Em todo o mundo, milhares de pessoas são afetadas anualmente por doenças raras, que na maioria das vezes tem a questão genética envolvida – cerca de 80% do total -, mas que também podem ser de origem infecciosa, autoimune ou de cancros raros. Estima-se que existam cerca de 8 mil tipos diferentes de doenças raras no mundo. Entre essas doenças, está a síndrome de Guillain Barré, que é um distúrbio autoimune, com uma incidência anual de um a quatro casos por 100 mil habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade. Para falar sobre a incidência dessa doença na região, o convidado desta semana do Arauto Saúde, é o enfermeiro Fernando Wegner, que tem um filho diagnosticado com a doença.
Segundo Wegner, que também é coach e palestrante, a doença começou a se manifestar de forma despretensiosa no filho, Rodrigo, de 9 anos, após realizar atividades físicas. “Ele jogou futebol no domingo, e no outro dia se queixou de muitas dores nas pernas. Mesmo assim, ele foi jogar basquete e caiu, aí eu e minha esposa vimos que ele tentava caminhar e não conseguia, então ali eu já vi que tinha um déficit e que talvez pudesse ser síndrome de Guillain Barré, pois já tinha visto casos semelhantes enquanto cursava enfermagem”, detalha o pai, que logo levou o filho a um neuropediatra e teve a confirmação de que se tratava da síndrome de Guillain Barré.
Segundo o pai, a doença se caracteriza por um ataque do sistema imunológico do próprio corpo a uma parte do sistema nervoso, na região dos nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo. Geralmente, é provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. Felizmente, Wegner e a esposa conseguiram obter um diagnóstico precoce, o que foi importante para o tratamento do filho, que já está curado. “O diagnóstico primário é fundamental para a reabilitação e para diminuir as sequelas. No caso do Rodrigo, agora ele já está recuperado, fazendo fisioterapia. Se uma pessoa não tratar, pode ficar paralisada. Começa com um formigamento nas mãos e nos pés, até que para totalmente de caminhar”, detalha Wegner.