Polícia

“Munição capaz de derrubar uma aeronave”, destaca comandante da Brigada Militar sobre assalto que terminou com um policial morto

Publicado em: 26 de junho de 2024 às 13:01 Atualizado em: 26 de junho de 2024 às 13:23
  • Por
    Emily Lara
  • Foto: Emily Lara/Grupo Arauto
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    Coronel Cláudio Feoli esteve em Santa Cruz do Sul na manhã desta quarta-feira

    Na manhã desta quarta-feira (26), durante coletiva de imprensa em Santa Cruz do Sul, o Comandante Geral da Brigada Militar, Coronel Cláudio Feoli, forneceu atualizações sobre o assalto a um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, ocorrido em 19 de junho, que resultou na morte de um policial militar. Na madrugada desta quarta, em Minas Gerais, mais um suspeito de envolvimento no crime foi preso.

    Segundo o coronel Feoli, a investigação do crime está sob responsabilidade da Polícia Federal, por se tratar de uma área aeroportuária. No entanto, a Brigada Militar e a Polícia Civil estão colaborando na busca pelos criminosos.

    Até o momento, cinco suspeitos foram detidos, um em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em São Paulo e outro em Minas Gerais. “À medida que esses indivíduos vão sendo presos, nós determinamos qual é o nível de participação deles e também conseguimos identificar os que faltam para que nós tenhamos a prisão dessa quadrilha totalmente realizada”, disse.

    Feoli destacou a gravidade do crime, mencionando o uso de armamento pesado pelos criminosos. “Foi uma ocorrência que há muitos anos nós não víamos no Rio Grande do Sul. Chamou a atenção a quantidade de armas de guerra que nós visualizamos nos vídeos e tivemos certeza da utilização diante dos estojes que foram deixados no aeroporto, como uma .50, capaz de derrubar uma aeronave, e fuzis 7.62 e 5.56”, revelou.

    Ainda de acordo com o coronel Feoli, são necessárias leis mais severas que impeçam a entrada desses armamentos na fronteira do país. “Essas armas não são fabricadas e liberadas para qualquer pessoa no país, e a gente sabe, por dados de inteligência, que a maioria delas vem das linhas de fronteira. É necessário, imediatamente, que nós tenhamos uma política de Estado-País para que a nossa linha de fronteira não permita a passagem desse tipo de armamento, assim como outros objetos e drogas que acabam invadindo os grandes centros do nosso país.”

    “Não há como a gente imaginar, por exemplo, esses fuzis sendo utilizados contra a população e contra a polícia e aceitarmos isso passivamente. Nós tivemos aqui essa ocorrência que mostrou essa fragilidade de políticas de Estado para conter essa entrada de armamento para os grandes centros”, completou.

    Durante a troca de tiros, o policial militar Fabiano Oliveira, de 47 anos, foi atingido por um tiro de fuzil e não resistiu. Ele era segundo sargento e integrava o 12º BPM. O policial deixou esposa e dois filhos. Ele atuava na corporação havia 27 anos. Um dos assaltantes, que não teve a identidade divulgada, também morreu, baleado. “Eu lamento a morte do sargente Fabiano, que deve ser considerado um herói por todo cidadão gaúcho”, concluiu.