“Estamos vivendo um fenômeno que não aguardávamos”, diz administrador do HSSM sobre superlotação

Nas últimas três semanas, o setor de Pronto Atendimento (PA) do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venâncio Aires estão operando em superlotação. Somente nesta quinta-feira (26), a casa de saúde do município atua em 100% de ocupação de leitos. A explicação, segundo o diretor técnico da instituição, doutor Guilherme Fürst Neto, é a gravidade dos pacientes e a quantidade de doenças. 

Em coletiva de imprensa, o administrador do HSSM, Luís Fernando da Rocha Siqueira, descreveu a situação como um fenômeno que não era aguardado. Isso porque o Rio Grande do Sul historicamente tem os meses do inverno de maior incidência de doenças respiratórias. Entretanto, neste ano está havendo uma antecipação da situação. O que também tem refletido em outras casas de saúde do estado.

A superlotação no sistema de saúde do município tem gerado fila e demora no atendimento, além de um suporte inadequado aos cidadãos. “O PA, local onde não deveriam ser internados os pacientes, está abarrotado de pessoas graves que deveriam estar nas UTIs. Nunca em Venâncio Aires se teve um período tão duradouro de pessoas em estado grave em nosso sistema. Sabemos que o atendimento que está sendo prestado não é o que a população merece. Temos situações onde pessoas idosas passam tempo demais esperando e não é o que desejamos”, diz o diretor técnico do HSSM, doutor Guilherme Fürst Neto.

Medidas estão sendo estudadas para amenizar a situação, como a contratação de novos médicos e técnicos em enfermagem, além do reforço nas estruturas locais de atendimento à saúde.