A verdade nunca escapa. Se ela não aparece no que é dito, ela transborda no que é feito.” (Edna Frigato). Muitos de nós crescemos ouvindo algo parecido com esta afirmação: mentir é pecado. Vivemos em outros tempos onde os pecados quase não são mais confessados e, assim, a vida anda sem parâmetros e a humildade acaba tendo que ceder espaço para a autossuficiência. Não se trata de voltar ao passado, mas que é necessário ter limites, não resta dúvidas. A humanidade tem a facilidade de andar de gangorra, isto é, alternando extremos. Porém, para viver dignamente é preciso encontrar-se com o equilíbrio. A verdade nunca cairá de moda, pois é como um ideal a ser conquistado diariamente. Uma pessoa verdadeira tem sono tranquilo, não enfrenta problemas de consciência e nem gasta tempo com o universo das fofocas. Outra expressão que guardo comigo, acaba complementando a presente reflexão: a mentira tem perna curta. Num primeiro momento, é possível ir em frente fazendo uso da mentira. No entanto, cedo ou tarde, a mentira se esvai e a decepção se apresenta. A vida supõe retidão, veracidade e autenticidade. É triste assistir o fim daqueles que se acham espertos e empoderados. A verdade nunca escapa. Se ela não aparece no que é dito, ela transborda no que é feito. Não tem como viver e ser feliz sem um pacto com a verdade. Muitos não se importam com a verdade, mas não conseguem permanecer sempre intocáveis, pois ela chega de qualquer jeito, cedo ou tarde. É interessante observar que a verdade não é somente uma questão de palavras, ela se faz visível também nas ações. Depois de muitas andanças é conveniente retornar à verdade e assumir uma postura de humildade e de fidelidade. Ser verdadeiro é ser transparente e inteligente, pois a vida só acontece realmente para quem trilha nas veredas da verdade. Não importa os outros, importa a minha consciência e os meus sonhos de liberdade e de leveza. A verdade sempre nos liberta.